Informações veiculadas pela Agência Brasil apontam que, "de acordo com a administração da unidade de preservação, a área atingida é ainda uma estimativa e fica entre o Paralelo 14 e a Cachoeira Simão Correia".
Em nota divulgada nesse sábado (7), a chefia do parque informou que "ainda não sabia o que ou quem provocou o incêndio, o que sinaliza que a unidade de preservação entende que pode ter sido criminoso".
Na mensagem, de acordo com a agência, também se destaca que, "desde o começo, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o PrevFogo, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), escalaram efetivos para ajudar a debelar o incêndio, junto com o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás".
A expectativa era de que hoje fossem enviadas à localidade duas aeronaves, o que a reportagem da Agência Brasil não conseguiu confirmar, já que não teve sucesso nas tentativas de contato.
Em um vídeo postado nas redes sociais, Ivan Anjo, da Rede Contrafogo, compartilha informações sobre outro ponto atingido pelas chamas, o lixão de Alto Paraíso de Goiás.
"Todo ano é a mesma coisa. O lixão pega fogo sempre na mesma semana! Em 2021 foi no dia 7 de setembro, 2022 foi dia 4 de setembro, em 2023 não teve (oh glória) e esse ano, 6 de setembro, iniciado perto das 22h, enquanto ainda cuidavam do fogo no Pouso Alto [também em Alto Paraíso]. Seria só coincidência? A prefeitura não se organiza para fiscalizar, vigiar e muito menos para combater. Parecem gostar que o lixão diminua seu volume todo ano para ter menos o que administrar. Dezenas de famílias tiveram que abandonar suas casas ontem devido a essa incompetência. Ou seria maldade mesmo? O que você acha?", diz o texto que acompanha o vídeo.
Nos comentários da postagem, moradores da cidade concordam com o brigadista e fazem críticas à gestão municipal.
Brasil tem a pior seca da história
Dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia responsável por auxiliar ações de enfrentamento de emergências climáticas, apontam que o Brasil passa pela pior estiagem de sua história recente.
Obtidas pelo G1, as informações mostram que pela primeira vez a seca atinge quase a integridade do território nacional, com exceção da porção sul do país.
De acordo com os especialistas, alguns motivos explicam o momento extremo, como a ocorrência do El Niño, que aqueceu o oceano Pacífico e alterou o padrão das chuvas do país.
Aliado a isso, bloqueios atmosféricos não trouxeram as consequências típicas do fim do El Niño, como o avanço das frentes frias pelo país. Por outro lado, um aquecimento da porção tropical norte do Atlântico contribuiu para alterar ainda mais os padrões de chuva no país.
Medida atualmente pelo Cemaden, a série histórica possui dados que remontam desde 1950. Segundo essas informações, o fenômeno da seca no Brasil piorou a partir de 1988. Até então, a pior havia sido registrada em 2015.