Panorama internacional

Putin: Rússia pode restringir exportação de materiais estratégicos em resposta a ações hostis

Apesar de impor a Moscou um regime de sanções sem precedentes em 2022, os países europeus e os Estados Unidos continuam dependendo de grandes quantidades de energia e materiais estratégicos russos, incluindo gás e urânio.
Sputnik
A Rússia é líder mundial na produção de uma variedade de minerais estratégicos, de gás natural, ouro e diamantes a urânio, titânio e níquel, e deve "pensar" se é possível reduzir a exportação dos últimos três recursos em resposta às ações de países hostis contra a Rússia, disse o presidente Vladimir Putin.
Falando em uma reunião com ministros do governo nesta quarta-feira (11), Putin pediu ao primeiro-ministro Mikhail Mishustin para analisar a ideia e relatar, enfatizando que quaisquer restrições propostas não devem ser "em detrimento próprio".
"Para alguns tipos de bens que fornecemos em grandes quantidades ao mercado mundial, enfrentamos restrições [...]. Bem, talvez também devêssemos pensar em certas restrições — em urânio, titânio, níquel", disse Putin.
"Em alguns países, reservas estratégicas estão sendo criadas e algumas outras medidas estão sendo tomadas. Em geral, se isso não nos prejudicar, deveríamos pensar [...] em certas restrições ao fornecimento ao mercado externo", acrescentou.
"Não estou dizendo que isso precisa ser feito amanhã, mas poderíamos pensar em certas restrições ao fornecimento ao mercado externo não apenas dos bens que mencionei, mas também de outros", disse Putin.
A guerra por procuração da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) contra a Rússia em andamento na Ucrânia reduziu, mas não interrompeu totalmente o intercâmbio econômico entre a Rússia e os países ocidentais, com os EUA dando continuidade à compra de urânio russo para sua rede de usinas nucleares e o gás fluindo por meio de um gasoduto na Ucrânia para clientes na Hungria e Eslováquia, e enviado para o Oeste a bordo de petroleiros na forma de gás natural liquefeito (GNL).
Ao mesmo tempo, várias empresas ocidentais se recusaram a deixar o mercado russo e continuam vendendo seus bens de consumo e industriais para os russos, apesar das sanções e outras restrições impostas por seus próprios governos. Alguns observadores russos sugeriram que já passou da hora de a Rússia interromper completamente a cooperação econômica com países envolvidos no fomento da guerra por procuração na Ucrânia.
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