O Ministro da Economia húngaro, Mihaly Varga, disse nesta sexta-feira (13) que "já falamos sobre as ideias criativas trazidas à tona na UE para obstruir a presidência húngara. Apesar da ideia do boicote, todos os membros se representaram e os bancos centrais de quase todos os Estados-membros também foram representados em alto nível", citado pela Bloomberg.
Varga destacou que a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, e o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Mathias Cormann, compareceram ao chamado Conselho de Assuntos Econômicos e Financeiros da UE (ECOFIN) informal.
No entanto, nenhum comissário da UE estava no evento e os ministros da Economia de mais de uma dúzia de países — incluindo Alemanha e França — estavam ausentes, segundo a mídia.
"O mais novo incentivo de sanções de Bruxelas funcionou, neste caso, em benefício da presidência húngara", disse Varga.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, deu início à presidência de seis meses da Hungria na UE em julho, com ações diplomáticas que incluíram uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, e, posteriormente, com Vladimir Zelensky.
Tal ação desencadeou uma reação negativa da Comissão Europeia, que decidiu evitar que seus principais funcionários participem das reuniões informais que acontecem na Hungria até o final do ano.
Orbán disse mais cedo, ainda nesta sexta-feira, que mais movimentos diplomáticos surpreendentes eram prováveis, como parte de sua "missão de paz".