Em uma declaração conjunta, os participantes na reunião exigiram a retirada completa das tropas israelenses da Faixa de Gaza, incluindo o corredor de Filadélfia.
"Exigimos a recuperação do controle total da administração palestina sobre a passagem fronteiriça de Rafah […] e a retirada total das tropas israelenses da Faixa de Gaza, incluindo o corredor de Filadélfia", diz o texto, publicado pelo Ministério das Relações Exteriores do Egito.
Estiveram presentes no encontro colegas da Noruega e da Eslovênia, o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, o primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, e membros do Grupo de Contato Árabe-Islâmico para Gaza, que inclui Egito, Arábia Saudita, Catar, Jordânia, Indonésia, Nigéria e Turquia.
"Nós nos reunimos para fazer outro esforço pelo fim da guerra em Gaza, por uma saída para a espiral interminável de violência entre os palestinos, os israelenses […] — esse caminho está claro. A implementação da solução de dois Estados é o único caminho", disse o ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel Albares, a repórteres.
Albares acrescentou que havia "uma clara vontade" entre os participantes, que notavelmente não incluem Israel, "de passar das palavras às ações e de avançar em direção a um cronograma claro para a implementação efetiva" de uma solução de dois Estados, começando com a adesão da Palestina às Nações Unidas.
Tel Aviv não recebeu convite porque não faz parte do grupo de contato, disse o ministro espanhol, afirmando, porém, que "ficaremos felizes em ver Israel em qualquer mesa onde a paz e a solução de dois Estados sejam discutidas".
Em 28 de maio, Espanha, Noruega e Irlanda reconheceram formalmente um Estado palestino unificado governado pela Autoridade Palestina, compreendendo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, com Jerusalém Oriental como sua capital. Com eles, 146 dos 193 Estados-membros das Nações Unidas agora reconhecem a condição da Palestina como um Estado.