Hoje pela manhã, o dólar americano apresentou desvalorização de 0,15%, cotado a R$ 5,4781, acompanhando a tendência de queda de terça-feira (17), de 0,41%, fechando em R$ 5,486.
De acordo com analistas do mercado financeiro, a tendência indica que nesta "super quarta" — como os investidores apelidaram o dia em que bancos centrais fazem seus anúncios sobre cortes ou aumento nas taxas de juros — deve haver queda da taxa por parte do Fed, embora no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Bacen anuncie alta na taxa.
Espera-se que o comitê eleve a Selic para 10,75%, um aumento de 0,25 ponto porcentual. Já nos EUA, a projeção é de corte na taxa, ainda que não haja consenso entre os operadores sobre o tamanho.
De acordo com a apuração da Folha de S.Paulo através da FedWatch, o mercado está dividido: enquanto 65% das apostas apontam para um corte mais agressivo nos EUA, de 0,50 ponto porcentual, as 35% restantes indicam um menor, de 0,25 ponto.
Os juros estão na faixa de 5,25% e 5,50% desde julho de 2023, o patamar mais restritivo em duas décadas. Qualquer corte nesta reunião será o primeiro do banco central norte-americano em mais de quatro anos.
O Copom manteve a taxa básica de juros no atual patamar de 10,50% ao ano em suas duas últimas reuniões. Desde então, os dirigentes têm reiterado que novas altas estão à mesa para levar a inflação de volta ao centro da meta de 3%, conforme definido pelo Conselho Monetário Nacional.
O mercado dá como certo que a Selic terá uma nova alta de 0,25 ponto na reunião de hoje — a primeira após a indicação de Gabriel Galípolo à presidência do banco.
Dados indicam que a economia brasileira está aquecida e resiliente, o que tende a se traduzir em pressões inflacionárias nos meses seguintes. Desta forma, a taxa funciona como um regulador.