A nova rodada de censura acontece dias após a corporação Meta (empresa cujas atividades são proibidas na Rússia por serem consideradas extremistas) bloquear nas suas redes sociais as contas do grupo midiático Rossiya Segodnya, do qual a Sputnik faz parte, e do RT.
As empresas midiáticas seguem o movimento de sanções iniciados pelo Departamento do Tesouro dos EUA nos dias 4 e 13 de setembro contra o grupo de mídia Rossiya Segodnya, que engloba a Sputnik, RIA Novosti, RT e Ruptly. As sanções também visaram Dmitry Kiselev, diretor da empresa, e Margarita Simonyan, editora-chefe.
O Tiktok ainda não comentou o desenvolvimento da situação.
Nos últimos anos a rede social, parte do grupo chinês ByteDance, tem sofrido intensa pressão do establishment estadunidense na qual a mídia é acusada (sem comprovação) de espionar para autoridades chinesas de e exercer operações de influência contra usuários dos EUA.
Em abril, o presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou um projeto de lei aprovado pelo Congresso que proibiria o TikTok nos Estados Unidos se ele se recusasse a se desfazer de sua empresa controladora chinesa ByteDance. O TikTok e a ByteDance contestaram a medida no tribunal.
Segundo a analista aposentada do Pentágono, Karen Kwiatkowski, à Sputnik, essa perseguição à rede pode estar por trás de sua escolha por banir as contas da Sputnik.
O Departamento de Estado "tem recursos ilimitados para processar o TikTok como uma empresa", disse a especialista. Desse modo, a cooperação vem como forma de tentar "tirar as autoridades federais das costas deles".
"É claro que a melhor escolha para os americanos seria o TikTok se recusar a cooperar, forçando a mão do Governo Federal. Se o TikTok incrivelmente popular e útil fosse banido em resposta à sua recusa em remover a mídia estrangeira selecionada, isso acordaria as massas para o estado diminuído de sua liberdade."
O motivo da proibição é claro, disse Kwiatkowski, apontando o desejo do governo dos EUA por "hegemonia total na arena da informação, assim como com o poder financeiro e militar", enquanto luta com a força descentralizadora das mídias sociais.
"Este é o mundo em que o TikTok e todas as empresas de mídia social operam - faça o que o governo diz ou enfrente perdas de mercado e processos criminais que, embora sejam vencíveis, podem levar à falência a maioria das empresas."
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