Panorama internacional

Justiça argentina emite mandado de prisão contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro

A Justiça da Argentina emitiu nesta segunda-feira (23) um mandado de prisão contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. O pedido também foi estendido ao ministro do Interior, Segurança e Paz venezuelano, Diosdado Cabello, por tortura e sequestro.
Sputnik
Conforme o jornal Clarín, a decisão é a nível internacional e aponta "graves violações dos direitos humanos" por parte de Maduro. O pedido ocorreu após depoimentos de refugiados venezuelanos que estão vivendo na Argentina.

"Os juízes agiram sobre uma queixa apresentada com base no princípio da jurisdição universal. Isso permite que os países processem crimes graves contra os direitos humanos, independentemente do local onde são cometidos, da nacionalidade do perpetrador e da vítima", apontou a publicação, que acrescentou que outros 30 dirigentes do governo e militares venezuelanos também estão incluídos no pedido.

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Ofensiva diplomática da Argentina contra Maduro

No último fim de semana, fontes do governo brasileiro e argentino disseram ao jornal O Globo que a gestão de Javier Milei iniciou uma ofensiva diplomática que tem como objetivo cercar a Venezuela em foros regionais e expulsar o país do Consenso de Brasília.
O Consenso de Brasília foi criado no ano passado por iniciativa do Brasil e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).
O plano de Buenos Aires, escreve a mídia, é conseguir que o consenso, formado por todos os países da América do Sul, incorpore uma cláusula democrática e, com base nessa cláusula, Caracas seja obrigada a sair do grupo.
Ainda segundo fontes ouvidas pelo jornal, a primeira jogada da Argentina foi enviar uma carta ao ministro das Relações Exteriores da Colômbia — país que tem atualmente a presidência temporária do Consenso de Brasília —, Gilberto Murillo, na qual o governo Milei, junto a outros integrantes do grupo, defende a necessidade de discutir a situação política na Venezuela na próxima reunião de chanceleres do grupo, em Nova York.
Na última semana, Caracas também chegou a emitir um mandado de prisão contra o presidente argentino e dois funcionários de seu governo pela apreensão do avião da Empresa de Transporte Aerocargo del Sur (Emtrasur), subsidiária da companhia aérea estatal Conviasa.

"Este Ministério Público anuncia a nomeação de dois procuradores especializados no assunto, que estão conduzindo os procedimentos pertinentes ao caso e tramitando o mandado de prisão contra os seguintes cidadãos: Javier Milei, presidente da Argentina; Karina Milei, secretária-geral da Presidência; e Patricia Bullrich, ministra da Segurança Nacional — uma zombaria para o sistema de Justiça argentino", disse o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab.

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