Por sua vez, a Hungria, segundo ele, não quer pertencer a nenhum deles, embora mantenha laços econômicos estreitos com todos.
"O mundo está sendo dividido em blocos, e a Hungria precisa se proteger disso. Estamos chegando a uma economia ocidental e uma oriental no mundo, e cada país terá que escolher a qual lado do mundo pertencer. Não podemos nos unir a nenhum dos blocos, é de nosso interesse ter laços profundos com ambos", disse o premiê húngaro.
Ele disse que essa situação é o resultado da "política suicida" do Ocidente, que responde à ascensão da Ásia e aos seus próprios problemas econômicos com bloqueios e sanções.
"Muitas empresas europeias estão sofrendo com a política de sanções, mas, antes de tudo, precisamos ser honestos conosco mesmos. A questão é que não devemos ser forçados a olhar para a economia pelo prisma da política. Vamos aceitar apenas coisas úteis e razoáveis do Ocidente e do Oriente e rejeitar qualquer pressão que prejudique o futuro do país", afirmou.
Anteriormente, Orbán disse que a Ásia vai se tornar o centro de definição do mundo por décadas, se não séculos, com as associações como o BRICS e a Organização para Cooperação de Xangai lançando as bases para a nova ordem mundial emergente.
Ele previu anteriormente que o Reino Unido, a Itália e a França deixariam as dez maiores economias do mundo até o final da década, com a Alemanha caindo do quarto para o décimo lugar.
Orbán disse que a Europa está frustrada com o fato de a Ásia estar se desenvolvendo em um ritmo mais rápido, com um número crescente de países europeus favorecendo a cooperação com a Ásia em vez do distanciamento.