O vice-primeiro-ministro cambojano, Sun Chanthol, disse em evento de um grupo de estudos em Washington que as forças armadas de qualquer país poderão atracar no porto quando a base naval estiver concluída.
"A Base Naval de Ream não é para os chineses. Os chineses nos forneceram assistência para expandir a Base Naval de Ream para a nossa própria defesa nacional, não para ser usada pelos chineses ou por qualquer militar contra outro país", disse Sun ao Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.
O vice-premiê continuou ao afirmar que "quando esta base naval estiver concluída, qualquer Marinha poderá atracar naquele porto, desde que seja para fins humanitários e de recuperação de desastres ou para exercícios militares conjuntos", disse.
No entanto, segundo a Reuters, Chanthol aconselhou a Marinha norte-americana a trazer navios pequenos em qualquer visita, "porque a água é rasa. Você pode ficar preso lá", disse ele, ao se referir à possibilidade de uma escala da força naval estadunidense.
O secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, se reuniu com a liderança cambojana em junho e discutiu a retomada dos intercâmbios de treinamento militar, bem como a desminagem e a remoção de munições não detonadas.
Antes de uma atualização da base Ream financiada pela China começar em junho de 2022, o espaço foi o local de alguns treinamentos e exercícios navais conjuntos entre os EUA e o Camboja. Phnom Penh demoliu a instalação construída por Washington em outubro de 2020.
De acordo com a mídia, navios de guerra chineses, provavelmente corvetas ou fragatas, têm rodado por Ream desde dezembro de 2023 para ajudar a treinar a Marinha cambojana. Washington pressionou o Camboja a defender sua Constituição e impedir que qualquer país estrangeiro tenha acesso exclusivo para Ream ou outro território.