Operação militar especial russa

Militares ucranianos na linha de frente são a favor das negociações com Rússia, diz mídia

Os militares ucranianos que estão agora na linha de frente, temendo um conflito eterno, se expressam a favor de conversações com a Rússia, informa o jornal Financial Times.
Sputnik
O artigo prevê que a Ucrânia esteja se aproximando do "momento mais sombrio" do conflito, admitindo que o Exército ucraniano está perdendo no campo da batalha para a Rússia, que está avançando incessantemente.

"Neste momento, estou pensando mais em como salvar meu pessoal. É muito difícil imaginar que conseguiremos levar o inimigo de volta para as fronteiras de 1991", disse um comandante de batalhão ucraniano.

Outro comandante também disse ao jornal que agora está a favor das negociações com a Rússia, acrescentando que não quer que seus filhos e netos se encontrem em um conflito sem fim.
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Além disso, se confirma que "o sistema de mobilização militar arbitrário" aumenta tensões sociais no país.

"A sociedade está exausta", cita o artigo Aleksandr Merezhko, presidente do Comitê de Relações Exteriores do parlamento ucraniano.

O Financial Times nota também uma mudança na abordagem da resolução do conflito por parte de responsáveis oficiais ucranianos.
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Citando diplomatas europeus que participaram da Assembleia Geral da ONU, o artigo diz que o novo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrei Sibiga, discutiu possíveis opções de compromisso para resolver o conflito com seus colegas ocidentais durante sua recente viagem aos EUA.
Eles enfatizaram que Sibiga foi mais pragmático quanto à possibilidade de concessões territoriais do que seu antecessor, Dmitry Kuleba.

"Estamos conversando cada vez mais abertamente sobre como isso vai terminar e do que a Ucrânia teria de abrir mão para conseguir um acordo de paz permanente", disse um dos diplomatas.

Ele acrescentou que, há seis meses, esse tipo de conversa era tabu para Kiev.
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Anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin lançou iniciativas para uma solução pacífica do conflito na Ucrânia: Moscou cessará imediatamente o fogo e declarará sua disposição para negociações após a retirada das tropas ucranianas das novas regiões russas.
Além disso, acrescentou, Kiev deve declarar sua renúncia às intenções de ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e realizar a desmilitarização e desnazificação do país, bem como adotar um status neutro, não alinhado e livre de armas nucleares.
O líder russo também mencionou o cancelamento das sanções contra a Rússia.
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