O próprio Dubinsky está sob custódia em um centro de detenção provisória por suspeita de alta traição, que o político liga ao fato de ter criticado as autoridades ucranianas.
"O apoio da Suíça ao plano de paz China-Brasil é algo natural. Tendo atuado como parceiros na cúpula da paz ucraniana, os suíços se tornaram cúmplices de Vladimir Aleksandrovich [Zelensky], que enganou todos, pois não planejou nenhuma negociação com a Rússia depois da cúpula, mas a usou como um estratagema militar", escreveu o político.
De acordo com Dubinsky, a Suíça foi o primeiro país ocidental a dar as costas a Zelensky e anunciou sua disposição de aceitar outras propostas para resolver o conflito na Ucrânia.
"Essa fraude [de Zelensky] não vai funcionar uma segunda vez, vai haver uma mudança em direção a planos realistas para acabar com a guerra. A Suíça é apenas o primeiro sinal de que precisamos mudar nossa abordagem, mas é muito conveniente para Zelensky continuar a se vestir de camuflado", acredita.
Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse que a China, o Brasil e outros países do Sul Global com ideias semelhantes pretendem criar uma plataforma aberta de Amigos da Paz para resolver a crise ucraniana.
Na semana passada, o chefe do departamento de comunicações do Ministério das Relações Exteriores da Suíça, Nicolas Bidault, disse à Sputnik que a Suíça saúda e apoia a iniciativa de paz da China e do Brasil em relação à Ucrânia, pois se baseia nos valores da ONU.
A cúpula da paz para Ucrânia foi realizada no resort suíço de Burgenstock, nos dias 15 e 16 de junho. A Rússia não foi convidada.
O Brasil, Índia, México, África do Sul e outros Estados não assinaram o comunicado final.
O Kremlin disse que não faz sentido procurar opções para resolver a situação no conflito ucraniano sem a participação da Rússia.