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Falta de maioria no Congresso é desafio para o governo, diz Humberto Costa à Sputnik Brasil (VÍDEOS)

Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, o senador Humberto Costa (PT-PE) fez um balanço da relação do governo federal com o Congresso Nacional, falou sobre as eleições de 2024 e defendeu a importância do BRICS em um mundo multipolar.
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Segundo Humberto, que é um dos vice-presidentes nacionais do Partido dos Trabalhadores (PT), a falta de uma maioria clara na Câmara e no Senado tornou a governabilidade desafiadora.

"Nós não construímos, não conseguimos eleger a maioria da Câmara dos Deputados e nem a maioria do Senado Federal", explicou. O senador acrescentou que, como resultado, o governo é "obrigado" a negociar intensamente cada projeto de interesse.

Congresso × governo federal; eleições

Segundo o petista, houve ainda um aumento do poder do Congresso sobre a execução orçamentária, devido às emendas parlamentares, o que, em sua análise, complica ainda mais a relação governo × Congresso.

"Isso limita mais ainda a capacidade do governo de conversar com os parlamentares, de encontrar saídas, de aprovar as suas proposições. E, mais do que isso, como há uma representação muito forte da extrema-direita, nós somos obrigados, além de tentar aprovar a pauta do governo, a tentar impedir que a pauta da extrema-direita ocupe cada vez mais importância aqui no Senado e também lá na Câmara", pondera.

Quanto às eleições de 2024, o senador reconheceu que o crescimento do PT foi "moderado", embora ele preveja um avanço em relação ao número de prefeituras conquistadas em 2020. Ele vê boas chances em cidades como Olinda (PE) e Fortaleza (CE), onde acredita que o partido tem condições favoráveis de chegar à cadeira do Executivo no segundo turno.
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"Estamos, agora, caminhando […], vamos eleger pelo menos 250 e poucas [prefeituras] e ampliamos também o número de vereadores", acredita.

COP30 e BRICS

Em relação à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada em Belém, a liderança petista expressou otimismo à Sputnik Brasil.
Questionado sobre como o governo federal, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, pode chegar ao evento, devido às queimadas Brasil afora, ele sinalizou que não será negativa a recepção e que o governo tem adotado ações eficazes no combate ao desmatamento e às queimadas, apesar de reconhecer os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

"Nós vamos chegar na COP30 em uma expectativa positiva por parte do mundo, porque o governo tem uma posição muito clara e ações muito claras. Vamos também partir com uma forma 'muito agressiva' — que é necessária — de defendermos que o mundo combata o aquecimento global. O Brasil está fazendo a sua parte", disparou o parlamentar.

Quando perguntado sobre a importância do BRICS na geopolítica, o líder petista destacou o papel do grupo na promoção de um mundo multipolar, contrapondo-se à hegemonia dos Estados Unidos e aliando-se à crescente influência da China.
"Nós [o Brasil] somos defensores de um mundo multipolar, onde nós não tenhamos nenhuma hegemonia de uma única força", arrematou o senador.
Ele ainda mencionou que o BRICS se ampliou recentemente, o que, em sua visão, só reafirma sua relevância no cenário global.
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