"Nas últimas 24 horas, 5.959 pessoas cruzaram a fronteira do Líbano com a Síria através dos postos de controle de Arida, Jawsiyah, Dabousieh, Jisr Al Qamar e Jdaidet Yabous", disse Ignasiuk nesta quinta-feira (10).
Desde o fim de setembro, combates intensos são travados entre as Forças de Defesa de Israel (FDI) e o movimento Hezbollah. Só em um ataque nesta quinta, na área de Ras al-Nabaa, no centro de Beirute, pelo menos 18 pessoas foram mortas e outras 92 ficaram feridas.
Além do Hezbollah, fazem parte do Eixo da Resistência no Oriente Médio o Hamas, na Faixa de Gaza; os houthis, no Iêmen; e movimentos pró-Irã no Iraque e na Síria, que vêm lançando foguetes contra o norte de Israel há um ano.
Em resposta, o país passou a atacar o Líbano com mais intensidade, após mais de um ano de guerra em Gaza e mais de 42 mil palestinos mortos.
A incursão terrestre segue na região do Líbano, e uma operação de bombardeios aéreos para desmantelar o Hezbollah já resultou na morte do líder histórico, Hassan Nasrallah, após um ataque a um prédio residencial em Beirute. A capital libanesa não sofria bombardeios israelenses desde a guerra de 2006.
Até 3 de outubro, a escalada do conflito por Israel deixou quase 2 mil mortos, entre eles 127 crianças e 261 mulheres, e cerca de 9,4 mil feridos, segundo o Ministério da Saúde libanês.
De acordo com o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, mais de 200 mil pessoas do Líbano chegaram à Síria desde o início dos bombardeios israelenses, em 23 de setembro.