"Bolsonaro saiu menor nessa eleição municipal […]. Do campo bolsonarista, quem se saiu muito bem foi o próprio Tarcísio e o [deputado federal] Nikolas Ferreira, que ajudou a eleger mais de 20 prefeitos em Minas Gerais e até o vereador mais votado em Belo Horizonte. Talvez a pauta internacional seja o que resta para o ex-presidente se diferenciar e aparecer, tentando galvanizar os apoiadores dele. Mas ele saiu bem machucado desse pleito. Inclusive, é por isso que o Silas Malafaia foi para o ataque", defende.
Qual a ligação entre Israel e o bolsonarismo?
"Certamente essa questão virá à tona nas eleições de 2026. Ela está um pouco incubada neste momento, até porque a pauta municipal tem um pouco de diferença, mas certamente voltará com muita força […]. Em relação à postura de segmentos da esquerda [de defesa da população palestina], é importante lembrar que o Estado de Israel foi criado em 1947, e a ONU também previa a criação da Palestina. Desde então, Israel tem ocupado cada vez mais territórios palestinos, desrespeitando as resoluções da ONU que pedem a desocupação, até que esse ato terrorista do Hamas deflagrou a guerra que foi muito oportuna para Benjamin Netanyahu. Ele é uma figura da extrema-direita e buscou controlar o Judiciário de Israel. Por conta disso, estava muito enfraquecido. Porém, a guerra deu a ele uma oportunidade de retomar o poder", finaliza.