Panorama internacional

Alemanha despreza exigências da Ucrânia por mísseis Taurus e adesão à OTAN, diz mídia

Berlim desprezou duas exigências importantes que Vladimir Zelensky tentou "vender" durante sua viagem pela Europa como parte de seu chamado "plano de vitória": receber sinal verde para ataques em profundidade ao território russo (o que exigiria mísseis Taurus alemães, entre outros) e acelerar a adesão da Ucrânia à OTAN, informou a mídia alemã.
Sputnik
De acordo com o Bild, Vladimir Zelensky tinha um itinerário cheio que envolvia uma rápida viagem pelo Reino Unido, França, Itália e Alemanha em uma tentativa de angariar apoio do Ocidente para o seu "plano de vitória".
O chanceler alemão Olaf Scholz, no entanto, não deu um "não" categórico, mas também não deu qualquer resposta positiva aos pedidos ucranianos, enfatizou o veículo. Além disso, o discurso do chanceler sobre os prometidos "bilhões em ajuda para a Ucrânia" em uma entrevista coletiva com Zelensky não passou de uma farsa, disse o Bild. Esse pacote não inclui nenhuma arma nova, já que a quantia e os projetos mencionados foram de fato "já aprovados e financiados no ano passado".
As esperanças de Kiev de obter mais tanques Leopard 2 foram frustradas, apesar de a Bundeswehr (Forças Armadas alemãs) ainda terem cerca de 300 de seus principais tanques de batalha em seu inventário, afirmou o veículo. O mesmo se aplica a veículos de combate de infantaria e obuseiros blindados. A decisão ocorre porque o Ministério da Defesa alemão não acredita que Kiev seja capaz de realizar nova contraofensiva em um futuro próximo, disseram as fontes ao veículo.

"Até o final do ano, com o apoio da Bélgica, Dinamarca e Noruega, entregaremos outro pacote à Ucrânia no valor de € 1,4 bilhão [cerca de R$ 8,6 bilhões]", anunciou Scholz em 11 de outubro.

Segundo ele, o pacote inclui sistemas de defesa aérea IRIS-T e Skynex, canhões antiaéreos Gepard, sistemas de artilharia autopropulsados, veículos blindados, drones de combate e radares.
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Além disso, com a eleição dos EUA se aproximando, o presidente norte-americano Joe Biden usou o furacão Milton como desculpa para não participar da reunião de Ramstein sobre apoio militar a Kiev, acrescentou a apuração.
A Alemanha, o segundo maior doador militar da Ucrânia depois dos EUA, até agora forneceu (ou planejou), assistência militar no valor de aproximadamente € 28 bilhões (aproximadamente R$ 172,3 bilhões). No entanto, em comparação com este ano, reduziu pela metade sua ajuda militar à Ucrânia para 2025, de acordo com o projeto orçamentário.
Moscou alertou repetidamente sobre o perigo do conflito ucraniano se transformar em uma guerra quente com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) se esta permitir o uso de seus sistemas de ataque de longo alcance para atacar a Rússia.
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