Panorama internacional

Cúpula do BRICS na cidade russa de Kazan: o que está na pauta?

A Cúpula do BRICS na cidade russa de Kazan será a peça central da presidência da Rússia em 2024 e visa fortalecer o multilateralismo para um desenvolvimento e segurança globais justos, com novos membros Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos se juntando ao grupo, e mais de 30 países expressando interesse em parceria.
Sputnik
A Cúpula do BRICS de 2024, que começa na cidade russa de Kazan em 22 de outubro, é um evento de três dias que foi elogiado pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, como "um dos principais eventos da agenda global".

Quais são as expectativas em torno do encontro?

Durante o evento, a Rússia proporá iniciativas delineadas dentro da estrutura de sua atual presidência do BRICS e relacionadas a campos humanitários, econômicos, financeiros, parlamentares e outros.
A cúpula vai consistir em duas partes, com a primeira a ser realizada sob o slogan "Fortalecendo o Multilateralismo para o Desenvolvimento e Segurança Global Equitativos", enquanto a segunda está nomeada como "BRICS e o Sul Global — Construindo em Conjunto um Mundo Melhor".
Os participantes devem discutir a criação de uma plataforma de pagamento digital do BRICS, a BRICS Bridge (ponte), e maneiras de aumentar o comércio em moedas nacionais.
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O presidente russo Vladimir Putin realizará 17 reuniões bilaterais com colegas estrangeiros à margem da cúpula, que começará antes da abertura oficial do encontro, nesta segunda-feira (21). Putin, em particular, deve se sentar com o presidente iraniano Masoud Pezeshkian para discutir uma parceria estratégica abrangente.

O que há de tão único na cúpula?

Com mais de 30 países já confirmando a participação, a cúpula "pode se transformar no maior evento de política externa da Rússia", de acordo com o assessor presidencial russo Yuri Ushakov.
Nesse sentido, o mapeamento de critérios claros para admissão de novos membros do BRICS e cooperação com países parceiros em vários formatos deve estar no topo da agenda da cúpula.
Ushakov enfatizou anteriormente que Moscou busca garantir "a entrada mais suave possível de novos membros do BRICS na arquitetura de cooperação multinível existente do grupo".
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Além da Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, o BRICS – criado em 2006 – também inclui novos membros, como Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
A Rússia, que ocupa a presidência rotativa do grupo desde 1º de janeiro de 2020, contribui para "aumentar o papel do BRICS no sistema monetário e financeiro internacional, desenvolvendo a cooperação interbancária e expandindo o uso de moedas nacionais no comércio mútuo", de acordo com o presidente Putin.
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