Autoridades dos EUA e de Israel disseram à mídia que o ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, que é confidente do premiê Benjamin Netanyahu, enviou o documento ao enviado especial da Casa Branca, Amos Hochstein, na quinta-feira (17).
Nele, Tel Aviv exigiu que as Forças de Defesa de Israel (FDI) tenham permissão para se envolver em "execução ativa" para garantir que o Hezbollah não se rearme e reconstrua sua infraestrutura militar perto da fronteira.
O governo israelense também exigiu que sua Força Aérea tivesse liberdade de operação no espaço aéreo libanês, acrescentou o relatório.
Essas duas demandas contradizem a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que afirma que as Forças Armadas libanesas (LAF) e a Força Interina da ONU no Líbano (UNIFIL) impõem um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah.
Uma autoridade estadunidense disse ao Axios que era "altamente improvável que o Líbano e a comunidade internacional" concordassem com as condições de Israel. No entanto, Hochstein visitará Beirute nesta segunda-feira (21) para discutir uma solução diplomática para o conflito.
Na noite de domingo (20), a Força Aérea israelense conduziu ataques aéreos no Líbano contra dezenas de alvos afiliados ao banco do Hezbollah, incluindo um prédio em Beirute, disseram as FDI.
Também ontem (20), o Pentágono, através do secretário de Defesa, Lloyd Austin, pediu que Israel "reduzisse os ataques" à capital libanesa após número de vítimas ser "alto demais", conforme noticiado.