Panorama internacional

Putin se encontrará com líderes de China, Índia, África do Sul e Egito em meio à cúpula do BRICS

Preparativos para a cúpula do BRICS de 2024 em Kazan, Rússia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizará cinco reuniões bilaterais durante a cúpula do BRICS, que começa em Kazan na próxima terça-feira (22). O líder se encontrará com o presidente da China, Xi Jinping; o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e o líder do Egito, Abdel Fattah al-Sisi.
Sputnik
A agenda do líder russo também inclui um encontro com a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), Dilma Rousseff. Também há expectativa de um jantar informal para as autoridades que chegarem à Rússia para a cúpula.
O evento em Kazan ocorrerá até a próxima quinta-feira (24) e será o maior evento de política externa já realizado na Rússia. De acordo o assessor presidencial russo Yuri Ushakov, 36 países — 22 deles em nível de chefes de Estado — e seis organizações internacionais participarão do encontro.
Durante a cúpula, os líderes do BRICS discutirão questões da agenda global e regional, além de abordarem a possibilidade de ampliar o grupo, com a inclusão de uma nova categoria de Estados parceiros.
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Alternativa às entidades ocidentais

O trabalho do presidente da Rússia na cúpula em Kazan começará com uma série de negociações bilaterais. A primeira reunião na agenda de Putin será com Dilma Rousseff. Conforme o líder russo, o NBD desempenha um papel crucial no fortalecimento da cooperação financeira no grupo, além de ser uma alternativa a muitos mecanismos financeiros ocidentais.
Entre os objetivos da Rússia está a expansão do banco para se tornar um dos principais investidores mundiais em projetos tecnológicos de infraestrutura para os países do BRICS e do Sul Global.

Negociações com líderes

Após a reunião com Dilma, Putin iniciará as negociações com os líderes dos países e destacou que a Rússia está aberta à cooperação das nações interessadas. As conversas entre Putin e Xi Jinping em Kazan serão o terceiro contato presencial entre os líderes em 2024.
Anteriormente, eles se encontraram durante a visita de Estado de Putin à China em maio e na cúpula da Organização para Cooperação de Xangai (OCX) em Astana em julho. Tradicionalmente, os líderes discutem questões de relações econômicas e comerciais, além de avançarem na cooperação industrial.
Moscou e Pequim têm posições próximas sobre questões globais e defendem a formação de uma ordem mundial multipolar mais justa e democrática.
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Putin e Modi se encontraram pela última vez em Moscou, durante a primeira viagem do primeiro-ministro indiano ao país nos últimos cinco anos, o que também abre a agenda no exterior do político após ser reeleito nas eleições parlamentares gerais. Os dois países vão dar prioridade à cooperação em energia, com destaque para a construção da usina nuclear Kudankulam, na Índia. A colaboração espacial entre a Roscosmos e a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO, na sigla em inglês) também está se desenvolvendo.
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, visitou a Rússia duas vezes em 2023 — como parte de um grupo de líderes da Iniciativa de Paz Africana e na segunda cúpula Rússia-África em São Petersburgo. Este ano, Putin e Ramaphosa falaram por telefone duas vezes. As áreas promissoras de cooperação entre as duas nações incluem energia, indústria, agricultura, ciência e inovação, além da colaboração em espaço e saúde.
Além disso, a Rússia compartilha abordagens similares com o Egito em relação a muitas questões da agenda global. Durante a conversa entre Putin e al-Sisi, espera-se que os líderes discutam questões atuais da agenda internacional e o progresso na implementação de acordos para aprofundar a cooperação bilateral. Entre janeiro e agosto, o volume do comércio entre os países aumentou 35% em relação ao mesmo período de 2023.
As cinco reuniões bilaterais não encerrarão a agenda de negociações de Putin durante a cúpula do BRICS. Ao longo de três dias, Putin se encontrará com praticamente todos os líderes dos países presentes em Kazan, conforme informado pelo Kremlin.
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