Segundo ele, as autoridades alemãs fizeram com que "ninguém mais as estivesse levando a sério".
Braun disse que a Alemanha já não faz esforços diplomáticos para alcançar negociações de paz.
"O governo alemão perdeu completamente todas as chances reais de intervir no processo de paz na Ucrânia. A Alemanha desistiu da diplomacia, de influenciar as negociações e, como em outras questões de política internacional, vai acabar estando do lado perdedor", opinou.
Isso se aplica especialmente ao Ministério das Relações Exteriores do país, à sua chefe, Annalena Baerbock, que Braun considera uma belicista, e ao chanceler Olaf Scholz e seu círculo próximo.
"É, de fato, uma prova da total incompetência da Alemanha, porque a política alemã sempre tentou encontrar um equilíbrio e levar em conta diferentes interesses. Esse tempo já passou completamente", acrescentou.
De acordo com o especialista, o movimento pacifista alemão precisa chegar a um consenso suprapolítico sobre a necessidade de iniciativas para resolver o conflito na Ucrânia e impedir a instalação de mísseis norte-americanos na Alemanha.
Anteriormente, a mídia italiana que Scholz estava preparando um plano para uma solução pacífica da crise ucraniana, citando uma fonte parlamentar na Alemanha.
De acordo com as informações, esse plano teria incluído uma possibilidade de concessões territoriais à Rússia.
Em 14 de junho, o presidente russo Vladimir Putin indicou os seguintes pré-requisitos para a solução do conflito ucraniano:
Retirada completa do Exército ucraniano das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) e das regiões de Zaporozhie e Kherson;
Reconhecimento das realidades territoriais consagradas na Constituição russa;
Status neutro, não alinhado e não nuclear da Ucrânia;
Desmilitarização e desnazificação da Ucrânia;
Garantia dos direitos, liberdades e interesses dos cidadãos ucranianos de língua russa;
Cancelamento de todas as sanções antirrussas.