Panorama internacional

'O equipamento russo é excelente', diz vice-premiê da Sérvia sobre armas compradas da Rússia

Belgrado está satisfeita com os equipamentos militares comprados da Rússia e planeja integrar hub de gás russo na Turquia, disse o vice-primeiro-ministro sérvio Aleksandar Vulin à Sputnik.
Sputnik
Em uma entrevista às margens da 16ª Cúpula do BRICS em Kazan, Vulin sublinhou que ocupava o cargo de ministro da Defesa da Sérvia quando tiveram lugar as negociações sobre a compra de sistemas de mísseis antiaéreos Pantsir-S e helicópteros.

"O equipamento russo é excelente, e estamos muito satisfeitos com ele. Agora, é claro, nem sempre é fácil por causa das sanções, por causa da logística. É muito difícil transportar algo da Rússia para a Sérvia. É preciso lembrar que somos um Estado completamente cercado por países da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]", disse.

Ele ressaltou que a Sérvia não faz parte de qualquer aliança, o que significa que ninguém vai ajudar o país em momentos de necessidade.
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Vulin disse que a Sérvia não quer se encontrar em uma situação parecida com a que aconteceu em 1999, quando a OTAN, sem autorização da ONU e ignorando de fato a Carta da ONU, começou a bombardear a Iugoslávia, da qual a Sérvia fazia parte na época, e sua capital Belgrado, chamando-a de "intervenção humanitária".

"Queremos que nosso país seja forte o suficiente para que possamos nos defender. [...] Isso significa que compraremos armas russas, chinesas, europeias e qualquer arma que nos seja útil", afirmou.

Chamas dos incêndios em resultado dos ataques aéreos da OTAN iluminam o céu de Belgrado, Iugoslávia, 24 de março de 1999
Tendo tal objetivo, a Sérvia quer participar de um projeto de criação de um hub de gás russo na Turquia. Segundo ele, isso vai ajudar a economia do país e atrair investimentos estrangeiros.
Belgrado não vai cometer o mesmo erro que a Alemanha, que desenvolveu sua economia com base no gás barato russo e acabou por eliminar o gasoduto de exportação de gás Nord Stream (Corrente do Norte), deixando a economia alemã em sérias dificuldades.

"Não vamos cometer o mesmo erro dos países europeus. E com o novo gasoduto, vamos ficar ainda mais seguros. Um dos motivos pelos quais estamos tão seguros é o fato de termos relações amigáveis e fraternas com a Rússia", concluiu.

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