A afirmação foi feita pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, que participou na manhã desta terça-feira (29) da abertura das últimas reuniões do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do G20.
O evento ocorre na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Ele se inicia nesta terça e culmina na próxima quinta-feira (31), com uma reunião de ministros da Saúde do G20.
O evento desta terça-feira teve início com a reunião "Combate à desinformação em saúde: desafios e soluções".
Em seguida, a ministra concedeu uma coletiva a jornalistas, ao lado de Jarbas Barbosa, diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), na qual enfatizou a necessidade da produção local de vacinas e medicamentos.
"A principal contribuição esperada no âmbito dessa aliança contra a fome, pobreza e desigualdade é que nós tenhamos uma coalizão dos países para produção local e regional de vacinas e outros medicamentos. Isso será um fato inédito", disse a ministra.
"Temos trabalhado para reduzir a desigualdade entre os países e aumentar esse acesso [a vacinas e medicamentos]. Essa é a principal medida que esperamos que seja aprovada", acrescentou.
Jarbas Barbosa frisou a necessidade de combater a desinformação, enfatizando que "informações falsas matam".
"Pessoas que deixam de se vacinar ou que deixam de vacinar seus filhos porque não confiam nas vacinas, elas incrementam exponencialmente o risco de surtos, inclusive de doenças que já foram eliminadas, como pólio, como sarampo; [elas] aumentam as hospitalizações e mortes por COVID, por influenza", disse Barbosa.
Pela tarde, estão previstas as reuniões: "Ampliando as respostas ao mpox: um apelo a ação por ciência e inovação"; "Traçando o caminho para cumprir o compromisso da declaração climática do G20"; "Abordando os fatores de desigualdade das pandemias dentro do G20"; e "Transformando o cuidado ao câncer: aproveitando a saúde digital e a inovação para acesso equitativo e eliminação do câncer cervical".