Cidade partida
"Isso tudo gerava uma enorme perda para o lado oriental. Então essa tentativa de controlar o muro começa aí."
"Os Estados Unidos emergiram como uma potência que não teve o seu território atacado, que perdeu aí ao redor de 500 a 600 mil combatentes e lucrou muito com a guerra, porque os Estados Unidos deram suporte e financiaram a guerra de outros países e se tornaram os principais fornecedores de matéria-prima e, portanto, os principais credores. […] Durante a maior parte da Guerra Fria, o PIB dos Estados Unidos era cerca de três vezes o da União Soviética", acrescenta.
"Até os anos 60 houve uma competição em que os dois lados se desenvolveram de modo bastante razoável."
"A diferença era muito significativa do ponto de vista cultural, do ponto de vista também político", conta.
A Europa após a queda do muro
"O que ocorreu foi uma transição muito acelerada para o que nós chamamos hoje de neoliberalismo. Então os euro-orientais, como se costumava dizer naquela época, não tiveram oportunidade de vivenciar a social-democracia", afirmou.
"Dado que não havia nem mais a União Soviética nem o comunismo, a OTAN perderia sua razão de ser. Mas, por pressão dos Estados Unidos, a aliança militar se manteve e tem sido ampliada. Na guerra do Afeganistão, a OTAN operou de modo sistemático, pela primeira vez, fora do continente europeu", acrescenta.