Portanto, não se deve esperar em um futuro próximo uma mudança na retórica do ACNUDH em relação aos jornalistas russos mortos.
Na quinta-feira (14), um porta-voz do ACNUDH, Renaud De Villaine, disse, em resposta a um pedido da Sputnik para comentar o assassinato de jornalistas russos por Kiev, que a Rússia supostamente "não fornece acesso" para confirmar essa informação.
"Em minha opinião, deixamos até de nos surpreender, pois percebemos que muitas instituições, inclusive a ONU, não são tão engajadas politicamente, mas estão sob a influência dos países ocidentais e agem de acordo com os interesses do Ocidente, às vezes até violando os princípios originalmente estabelecidos quando essas instituições foram formadas", disse Kovalev.
O especialista acrescentou que é muito difícil reformar a ONU, pois há opiniões diferentes e, às vezes, polarizadas sobre essa questão, portanto, não se deve esperar uma mudança de retórica do ACNUDH em relação aos jornalistas russos .
O especialista sublinhou que a ONU, organização formada após a Segunda Guerra Mundial, já não corresponde às realidades de hoje e há muitas vozes, inclusive a russa, exigindo que a instituição seja atualizada de acordo com as exigências da época.
"A outra questão é como fazer isso, porque reconstruir é, às vezes, é muito mais difícil do que construir de novo", concluiu.
Recentemente, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que o secretariado da UNESCO estava ignorando de forma demonstrativa as informações transmitidas oficialmente pela Rússia sobre os crimes de Kiev contra jornalistas russos.