Ontem (15), Putin e Scholz tiveram uma troca de opiniões detalhada e franca sobre a Ucrânia, segundo o serviço de imprensa do Kremlin, o que aconteceu pela primeira vez desde dezembro de 2022.
"A conversa entre Putin e Scholz foi acordada com os parceiros [...] quando o presidente dos EUA, Joe Biden, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente da França, Emmanuel Macron, estiveram em Berlim em 18 de outubro", diz o artigo.
Scholz também notificou o atual líder ucraniano Vladimir Zelensky sobre o telefonema.
O jornal disse que o objetivo da conversa telefônica era descobrir se Putin estava pronto para conversações sobre a Ucrânia, tendo como pano de fundo as eleições nos EUA e a próxima Cúpula do Grupo dos 20 (G20) no Rio de Janeiro.
O Bild destaca que o líder russo não precisou de um intérprete quando Scholz falava alemão, enquanto o último teve que usar os serviços de um intérprete.
O serviço de imprensa do Kremlin relatou anteriormente que, durante o telefonema, Putin disse a Scholz que a Rússia nunca recusou e continua aberta a retomar as negociações sobre a crise ucraniana, ressaltando que possíveis acordos devem considerar os interesses russos na esfera de segurança.
O presidente russo também indicou que as propostas russas para a solução do conflito ucraniano permanecem as anunciadas por ele em 14 de junho:
Retirada completa do Exército ucraniano das repúblicas de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) e das regiões de Zaporozhie e Kherson;
Reconhecimento das realidades territoriais consagradas na Constituição russa;
Status neutro, não alinhado e não nuclear da Ucrânia;
Desmilitarização e desnazificação da Ucrânia;
Garantia dos direitos, liberdades e interesses dos cidadãos ucranianos de língua russa;
Cancelamento de todas as sanções impostas à Rússia.