Panorama internacional

Analista indica quando plano de Trump para Ucrânia se realizará

O plano do vencedor da eleição presidencial dos EUA, Donald Trump, para a Ucrânia envolve congelar o conflito e suspender a adesão de Kiev à OTAN, mas o projeto de um acordo de cessar-fogo provavelmente vai ser adiado até o início de 2025, disse à Sputnik o analista turco Engin Ozer.
Sputnik
Trump poderia usar a posição enfraquecida da Ucrânia no campo de batalha e o apoio do Congresso, controlado pelo Partido Republicano, para pressionar por um acordo de paz entre Kiev e Moscou, como a mídia dos EUA tem afirmado.

"O plano preparado pela equipe de Trump é mais ou menos o seguinte: congelar o conflito na Ucrânia e suspender a adesão de Kiev à OTAN a longo prazo", disse Ozer.

Comentando a decisão do atual presidente dos EUA, Joe Biden, de autorizar o uso pela Ucrânia de mísseis de longo alcance norte-americanos para ataques ao território russo, o analista observou que a posição de Washington está vinculada à situação no campo de batalha e às ações do Exército russo na região de Kursk.
Anteriormente, o The New York Times citou representantes não identificados da administração dos EUA dizendo que Biden havia autorizado pela primeira vez o uso de mísseis de longo alcance dos EUA pela Ucrânia para atacar o território russo.
De acordo com as fontes, é provável que os primeiros ataques ao território russo longe da zona de conflito sejam realizados com mísseis ATACMS.
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"A administração Biden está resistindo a acabar com o conflito, e os democratas dos EUA estão tentando dar a impressão de que não abandonaram o governo de Kiev", ressaltou Ozer.

Ele acredita que o acordo de paz que Trump esperava ser assinado no final de 2024 deverá ser adiado até janeiro de 2025, quando tomar posse.
O porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, disse que a autorização para atacar a Rússia em profundidade, se fosse aceita e comunicada à Ucrânia, significaria uma nova rodada de tensão e reafirmou a posição russa expressa anteriormente pelo presidente Vladimir Putin.
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Posição da Rússia

O presidente da Rússia Vladimir Putin observou que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) estão discutindo não apenas a autorização a Kiev de usar armas de longo alcance, mas, de fato, o envolvimento direto no conflito na Ucrânia.
De acordo com o chefe de Estado, as tropas ucranianas já estão atacando o território russo com drones e outros meios.
Quando se trata do uso de armas de precisão de longo alcance de fabricação ocidental, deve se entender que essas operações são realizadas pelos militares dos países da aliança, já que somente os militares da OTAN, não os ucranianos, têm a capacidade de operar essas armas.
Ele acrescentou que o envolvimento direto dos países ocidentais no conflito ucraniano muda a natureza das hostilidades e que a Rússia vai ser forçada a tomar decisões de acordo com essas ameaças.
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