"Está instalado no Congresso, está instalado em muitas outras organizações e vivemos isso todos os dias, nossos trabalhadores são extorquidos todos os dias, os pequenos empresários são extorquidos todos os dias, são assassinados todos os dias. É evidente que o crime organizado se inseriu na sociedade, tanto econômica quanto politicamente", disse o presidente da ADEX, Julio Pérez Alván, ao jornal local El Comercio.
Na terça-feira, foi encerrado o estado de emergência decretado pelo governo há dois meses para articular medidas para frear o grave aumento da criminalidade em Lima, capital do país.
A medida foi implementada em 13 dos 43 distritos de Lima, principalmente devido à presença de uma máfia de extorsionistas que cobram taxas de pequenos empresários de diversos setores para deixá-los trabalhar.
Contudo, a instituição sindical afirma em denúncia que a medida não teve resultados positivos. Por outro lado, o aumento da criminalidade nos departamentos do interior está ligado à mineração ilegal, particularmente no departamento de La Libertad, onde as máfias se dedicam à extração de ouro.
A este respeito, o responsável da ADEX afirmou que alguns dos representantes do Congresso estão sendo financiados pela mineração ilegal, o que explicaria porque este poder do Estado "jogar a favor" desta atividade ilícita.