Durante o discurso, Haddad falou sobre o conjunto de propostas que, segundo ele, reafirmam o compromisso com um Brasil mais justo e eficiente, para garantir avanços econômicos e sociais duradouros. O pacote prevê o corte de gastos de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.
Haddad destacou o trabalho do governo para garantir o salário mínimo crescendo acima da inflação e que o abono salarial será restrito aos que recebem até R$ 2.640. Conforme o ministro, o valor será corrigido pela inflação nos próximos anos e se tornará permanente quando corresponder a um salário mínimo e meio.
O ministro anunciou também a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Ao trazer a novidade, Haddad garantiu que as medidas não aumentarão os gastos do governo.
"A nova medida não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo. Porque quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais. Tudo sem excessos e respeitando padrões internacionais consagrados", disse o ministro.
Em sua fala, o ministro também compartilhou o peso das emendas parlamentares na economia e o trabalho que tem sido feito para aprimorar as regras do orçamento.
"O montante global das emendas parlamentares crescerá abaixo do limite das regras fiscais. Além disso, 50% das emendas das comissões do Congresso passarão a ir obrigatoriamente para a saúde pública, reforçando o SUS", garantiu.
Haddad trouxe, ainda, pontos de reformas no que tangem aposentadorias e benefícios. De acordo com o ministro, os mecanismos de controle serão aperfeiçoados para que as pessoas que se encaixam nas condições para receber determinados benefícios não sejam prejudicadas e para que o sistema não sofra com fraudes.
Além disso, ele anunciou mudanças nas aposentadorias e pensões dos militares, que ficaram de fora da última reforma da Previdência.
"Para as aposentadorias militares, nós vamos promover mais igualdade, com a instituição de uma idade mínima para a reserva e a limitação de transferência de pensões, além de outros ajustes. São mudanças justas e necessárias", pontuou.
Em seu balanço, o ministro destacou de modo geral a gestão do atual governo, que reduziu o desemprego, deixando os números entre os "os mais baixos na história", ressaltou o crescimento do PIB do Brasil para 3% e relembrou que o país voltou a estar entre as dez maiores economias do mundo.