"[A viagem] marca a primeira visita de um presidente dos EUA à África em quase uma década, desde 2015. E também, o mais importante, esta é a primeira visita de um presidente dos EUA em exercício a Angola", acrescentou o funcionário.
Muito pouco, muito tarde?
"Biden espera convencer Angola e outros países africanos de que os EUA são um parceiro de investimento melhor do que China, Rússia ou Índia. No entanto, os africanos sabem por experiência própria que os investidores dos EUA não trazem nenhum benefício de desenvolvimento para o continente, já que seu objetivo principal é obter lucros a qualquer custo", disse o acadêmico.
"A Rússia é o principal concorrente em termos de segurança, e Angola ainda sofre com o trauma do apoio anterior dos EUA à sua desestabilização pelos rebeldes da UNITA", lembrou o acadêmico ao se referir à guerra por procuração da CIA contra Angola nos anos 1970-1980, que deixou até 800.000 mortos e grande parte do país em ruínas.
"Sem nenhuma visão de longo prazo para cooperação, é improvável que Biden planeje estabelecer qualquer base, já que os EUA veem a África apenas como um espaço para confronto geopolítico. O objetivo principal é combater a China em vez de construir algo próprio", resumiu Habiyaremye.