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Fim da linha: o que esperar de Biden, o 'pato manco', após a vitória de Trump

© Sputnik / StringerO presidente dos EUA, Joe Biden, chega para falar sobre um cessar-fogo entre Israel e o Hamas no Cross Hall da Casa Branca, em Washington, D.C., Estados Unidos
O presidente dos EUA, Joe Biden, chega para falar sobre um cessar-fogo entre Israel e o Hamas no Cross Hall da Casa Branca, em Washington, D.C., Estados Unidos - Sputnik Brasil, 1920, 10.11.2024
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Com Donald Trump prestes a tomar posse como 47º presidente em 20 de janeiro, a questão é como, entretanto, Joe Biden lidará com a "difícil diplomacia" relacionada à Ucrânia, Oriente Médio entre outras questões.
A equipe de imprensa da Casa Branca relatou neste (10) domingo que Biden se recusou a dizer o que planeja falar com Trump na reunião marcada para 13 de novembro.
Autoridades do governo Biden reconhecem que já têm muito menos influência sobre outras nações e apenas uma capacidade limitada de tomar decisões políticas que possam durar além do dia da posse, enquanto correm para tornar suas supostas conquistas "à prova de Trump", de acordo com o The Washington Post (WP).
Sobre a Ucrânia, o WP argumenta que o governo Biden pode se concentrar em enviar o máximo de suprimentos militares possível para Kiev em meio a seus temores de que Trump possa interromper o mecanismo. Biden pode decidir adotar "uma abordagem maximalista para ajudar a Ucrânia nos próximos meses", embora alguns funcionários da Casa Branca "se oponham à ideia".
Relatos de que Biden planeja enviar 500 mísseis Patriot e Nasams para Kiev "não são implausíveis, mas mesmo que ele faça isso, todos sabem que este é um gesto final e que a generosidade dos EUA chegou ao fim", disse Dan Lazare, historiador constitucional e comentarista político dos EUA, à Sputnik.
O presidente dos EUA, Joe Biden (à esquerda), em Salt Lake City em 10 de agosto de 2023; e o ex-presidente Donald Trump em Las Vegas em 8 de julho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 10.11.2024
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Quanto ao Oriente Médio, há três conflitos separados nos quais Israel está envolvido agora — Gaza, Líbano e Irã — e "nenhum deve ser resolvido antes que Trump tome posse", segundo a mídia. A Foreign Policy alegou que Biden pode optar por não vetar uma resolução estipulando sanções a Israel se este não concordar em aceitar um acordo de cessar-fogo em Gaza.

Nesse sentido, Lazare enfatiza que "embora Biden possa se envolver em algumas ações de contenção, o jogo acabou" porque a "margem de vitória de Trump foi tão decisiva que ele efetivamente dará as cartas daqui para frente".

Na Ásia-Pacífico, Biden deve comparecer à próxima cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) no Peru, enquanto sua administração se prepara para a interrupção de alianças regionais, segundo a Al Jazeera. O presidente dos EUA em fim de mandato "pode aparecer" nas próximas cúpulas do G20 e da APEC, "mas é duvidoso que ele receba uma salva de palmas" lá, diz Lazare.

No dia 5 de novembro, Trump derrotou a vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris com uma vitória decisiva, garantindo 312 delegados contra 226 de Harris. Trump também venceu o voto popular ao obter cerca de 74 milhões de votos em todo o país, em comparação com cerca de 70 milhões de votos para Harris, segundo as últimas estimativas.

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