Panorama internacional

'Nosso Exército não tem força suficiente', admite Zelensky ao considerar via diplomática

Vladimir Zelensky, em entrevista ao portal japonês Kyodo News, reconheceu que as Forças Armadas ucranianas não serão capazes de recuperar as regiões controladas pela Rússia e que está considerando uma solução diplomática.
Sputnik
"Nosso Exército não tem força suficiente para fazer isso. Isso é verdade […]. Temos que encontrar soluções diplomáticas", admitiu ao portal.
Nos últimos meses, as Forças Armadas russas vêm consistentemente conquistando territórios em Donbass, enquanto as tropas ucranianas se esgotam devido à fadiga e à falta de equipamentos providenciados pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
A fala de Zelensky é uma mudança em sua posição, nota a publicação. Em outubro de 2022 ele assinou um decreto que proibia qualquer tipo de negociações de paz com a Rússia. Além disso, o chamado "Plano de Vitória" ucraniano tampouco admitia alguma cessão territorial, demandando o restauro das fronteiras.
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O giro de 180 graus ocorre em meio a uma troca presidencial nos Estados Unidos. Joe Biden, que está deixando a Casa Branca, foi o maior apoiador e financiador do regime de Kiev em seu conflito com Moscou. Agora, com a chegada de Donald Trump, é esperado que a relação entre os dois países deteriore.
O novo líder estadunidense vê no conflito ucraniano um problema exclusivamente europeu e não crê que os EUA devessem se envolver, devendo focar questões domésticas. Trump, durante sua campanha, afirmou diversas vezes que resolveria a crise ucraniana o mais rápido possível.
Por sua vez, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, já declarou as condições russas para o fim do conflito, como o reconhecimento dos novos territórios russos de Zaporozhie, Kherson, Lugansk e Donetsk; a manutenção da neutralidade ucraniana e do seu estatuto não nuclear; e o fim de todas as sanções à Rússia.
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