"Nosso Exército não tem força suficiente para fazer isso. Isso é verdade […]. Temos que encontrar soluções diplomáticas", admitiu ao portal.
Nos últimos meses, as Forças Armadas russas vêm consistentemente conquistando territórios em Donbass, enquanto as tropas ucranianas se esgotam devido à fadiga e à falta de equipamentos providenciados pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
A fala de Zelensky é uma mudança em sua posição, nota a publicação. Em outubro de 2022 ele assinou um decreto que proibia qualquer tipo de negociações de paz com a Rússia. Além disso, o chamado "Plano de Vitória" ucraniano tampouco admitia alguma cessão territorial, demandando o restauro das fronteiras.
O giro de 180 graus ocorre em meio a uma troca presidencial nos Estados Unidos. Joe Biden, que está deixando a Casa Branca, foi o maior apoiador e financiador do regime de Kiev em seu conflito com Moscou. Agora, com a chegada de Donald Trump, é esperado que a relação entre os dois países deteriore.
O novo líder estadunidense vê no conflito ucraniano um problema exclusivamente europeu e não crê que os EUA devessem se envolver, devendo focar questões domésticas. Trump, durante sua campanha, afirmou diversas vezes que resolveria a crise ucraniana o mais rápido possível.
Por sua vez, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, já declarou as condições russas para o fim do conflito, como o reconhecimento dos novos territórios russos de Zaporozhie, Kherson, Lugansk e Donetsk; a manutenção da neutralidade ucraniana e do seu estatuto não nuclear; e o fim de todas as sanções à Rússia.