"A recente escalada de violência no noroeste (Síria) deslocou mais de 280 mil pessoas, somando-se os anos de sofrimento do povo sírio", informou a organização humanitária por meio da rede social X (antigo Twitter).
O órgão também afirmou que está trabalhando para aumentar sua presença no país árabe, a fim de fornecer alimentos à população, mas precisa de apoio urgente para dar conta das necessidades que não param de crescer.
Além disso, o PMA também continua a negociar a possibilidade de criar corredores de abastecimento seguros para atender todos os necessitados.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (ENUCAH), por sua vez, informou que mais de 30 instalações médicas cessaram as operações no noroeste da Síria desde o início dos combates.
De acordo com o ENUCAH, a saída dos médicos criou um fardo imenso para os hospitais que ainda estão em funcionamento.
Escalada de tensões na Síria
No dia 27 de novembro, terroristas da Tahrir al-Sham — anteriormente chamada Frente al-Nusra, uma organização terrorista banida na Rússia e em outros países — lançaram, juntamente com vários grupos armados da oposição síria, uma ofensiva em grande escala contra o exército do país nas províncias sírias de Aleppo e Idlib. Ações na região retornaram pela primeira vez desde 2016.
Também na semana passada, em 30 de novembro, os radicais tomaram o controle da cidade de Aleppo, incluindo o aeroporto internacional e a base aérea de Kuweires, algo que não acontecia desde a eclosão do conflito armado na Síria, em março de 2011, em que as forças governamentais enfrentam grupos armados de oposição e organizações terroristas.
Os comandantes regulares do Exército afirmam ter interrompido a ofensiva na área de Hama e recuperado algumas cidades.
Desde março de 2011, a Síria tem vivido um conflito em que as forças do governo enfrentam grupos armados de oposição e organizações terroristas.
A solução para o conflito é procurada em duas plataformas, a de Genebra, sob os auspícios da ONU, e a de Astana, com mediação do Irã, da Rússia e da Turquia.