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Brasil e China firmam parcerias entre universidades para promover desenvolvimento Sul-Sul

Uma das dezenas de acordos assinados entre a China e o Brasil, em vovembro, foi o Memorando de Entendimento entre a Universidade Tsinghua e a Universidade Federal do Rio de Janeiro sobre o Programa de Resposta da Juventude Latino-Americana e Chinesa a Desafios Globais promete alavancar uma parceria já consolidada.
Sputnik
O programa institucionaliza as cooperações entre jovens da China e da América Latina para a redução da pobreza e visa estimular o estudo de soluções de redução de pobreza e desenvolvimento sustentável, por meio de currículos interdisciplinares e interculturais, projeto de pesquisa conjunta, competições de design de propostas.
Outro objetivo da cooperação é fortalecer o Laboratório Conjunto China-América Latina para Energia Limpa e Mudança Climática, foi criado em 2015 na Universidade Tsinghua, da China.
Em entrevista para a agência de notícias chinesa Xinhua, o professor Liu Dehua e diretor do laboratório citou a tecnologia de produção de biodiesel por via enzimática como fruto dessa parceria.
"Todos os tipos de óleo e gorduras residuais, como óleo de esgoto e de palma, podem ser usados", disse ele.
Em 2019, o projeto foi registrado como um caso típico de cooperação Sul-Sul em bioeconomia pelo Escritório das Nações Unidas para Cooperação Sul-Sul (UNOSSC, na sigla em inglês).

"Estima-se que, no próximo ano, a tecnologia possa ser aplicada industrialmente no Brasil. Enquanto isso, fábricas da Colômbia e Cuba também estão se comunicando conosco. Esperamos promover essa tecnologia em mais países da América Latina", disse ele.

Outro fruto dessa parceria é a "Competição Estudantil América Latina e China 2024: Projetos para a Redução da Pobreza", co-organizada pela Universidade Tsinghua da China, pela Pontifícia Universidade Católica do Chile e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro do Brasil. A última rodada deste ano foi realizada no Brasil e no Chile.
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Com foco na redução da pobreza sob várias perspectivas, como uso de energia geotérmica, treinamento profissional e melhoria da saúde da população, as equipes finalistas levantaram propostas e debateram com especialistas a viabilidade prática dos projetos.
Gu Tongqun, estudante de gestão de engenharia da Universidade Tsinghua, fez parte de um projeto de um programa de aprimoramento de habilidades vocacionais.

"A educação profissionalizante é de grande importância para a redução global da pobreza, em que a China acumulou muitas experiências", indicou Gu a Xinhua. "Constatamos que o Brasil enfrenta problemas semelhantes. Por isso, exploramos como introduzir o modelo de educação vocacional no Brasil, ajudando os jovens brasileiros a se adaptarem melhor às necessidades do mercado de trabalho".

Segundo Gu, as cooperações internacionais para redução de pobreza e desenvolvimento são de longo prazo e duradouro.
"Os programas serão afetados por política, economia, leis, costumes e outros aspectos locais e, por isso, precisam ser promovidos passo a passo", observou.
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