O chefe do governo da Eslováquia reclamou que, enquanto a Rússia está vencendo militarmente no conflito ucraniano, o recém-eleito secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte, rejeita negociar um acordo de paz.
"E a Ucrânia nunca vai vencer essa guerra no campo de batalha", disse ele, falando na televisão eslovaca.
Fico também lembrou a proposta dos EUA de diminuir o limite inferior da mobilização até 18 anos, para recrutar o maior número possível de homens adultos do país.
"Quem realmente está vendo a situação na Ucrânia sabe que os jovens se recusam a ser mobilizados. E unidades especiais pegam esses jovens em restaurantes e os recrutam para o Exército. Mas isso não é uma solução", acredita o primeiro-ministro.
Ele prevê que o Ocidente prepara um acordo que concederia os territórios já perdidos pela Ucrânia para a Rússia, uma vez que, "em termos militares, a Rússia é invencível".
Por sua vez, autoridades russas disseram repetidamente que a Rússia está pronta para negociações de paz nos termos declarados pelo presidente russo Vladimir Putin em 14 de junho de 2024:
Retirada completa do Exército ucraniano das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) e das regiões de Zaporozhie e Kherson;
Reconhecimento das realidades territoriais consagradas na Constituição russa;
Status neutro, não alinhado e não nuclear da Ucrânia;
Desmilitarização e desnazificação da Ucrânia;
Garantia dos direitos, liberdades e interesses dos cidadãos ucranianos de língua russa;
Cancelamento de todas as sanções impostas à Rússia.