"A industrialização não é apenas uma meta, é a chave para alcançar uma verdadeira independência econômica e construir um futuro digno para todos", disse Arce em um discurso da Casa da Liberdade, em Sucre, onde foi promulgada a primeira Constituição Política da Bolívia como Estado independente em 1825.
O líder do MAS afirmou em sua mensagem que os recursos naturais estratégicos, como o lítio, estão novamente sob ameaça por parte de agentes externos.
"Vamos consolidar a industrialização, cuidando da nacionalização dos nossos recursos naturais estratégicos", acrescentou o presidente boliviano, acompanhado do vice-presidente David Choquehuanca e vários ministros de Governo.
Em referência ao bicentenário da independência, ele afirmou que o país enfrenta desafios semelhantes aos dos antepassados.
"Nossa independência e nossa liberdade estão novamente sob ameaça, desta vez por interesses externos que desejam se apropriar de nossos recursos naturais estratégicos, como o lítio, as terras raras, a água e nossa biodiversidade", afirmou.
Arce, que tem enfrentado protestos e críticas de apoiadores de seu antecessor Evo Morales, além da divisão interna do MAS, o movimento político de ambos, também fez um apelo à unidade dos bolivianos em um ano em que a Bolívia celebrará eleições presidenciais, nas quais o líder buscará a reeleição.
O presidente boliviano também se comprometeu a continuar avançando na segurança com soberania alimentar, para fazer do país andino uma potência na produção de alimentos.
"Vamos dar um salto qualitativo para romper com a dependência da importação de combustíveis", afirmou Arce, que reiterou que "crescer distribuindo" é o coração de seu projeto político-econômico.