O The New York Times descreveu o acordo da vacina de COVID-19 da presidente da Comissão Europeia com o CEO da Pfizer como "um alinhamento impressionante de sobrevivência política e agitação corporativa".
Em 2022, a mídia dos EUA relatou que von der Leyen havia se comunicado com Albert Bourla, presidente-executivo da gigante farmacêutica norte-americana Pfizer, sobre fechar um contrato de longo prazo para comprar 1,8 bilhão de doses de vacinas para COVID-19 no valor de € 35 bilhões (cerca de R$ 226,06 bilhões), antes mesmo de passarem pelos testes clínicos.
As negociações sobre o acordo foram conduzidas informalmente no final de 2020 por meio de mensagens SMS e sem o consentimento prévio dos Estados-membros da União Europeia (UE).
A presidente da Comissão Europeia também enviou uma mensagem de texto para seu marido, Heiko von der Leyen, que atua como diretor médico na Orgenesis, uma empresa que colabora com a Pfizer. Todas as mensagens foram acidentalmente apagadas, afirmou Ursula von der Leyen.
Como resultado, ela foi acusada de "usurpação de funções e título", destruição de documentos públicos e acusações de corrupção de alto nível iniciadas pelo lobista belga Frederic Baldan.
A primeira audiência sobre sua queixa foi realizada em 17 de maio de 2024, quando o tribunal de Liège confirmou que o chamado caso Pfizegate está de acordo com sua jurisdição e não deve ser entregue ao Ministério Público Europeu (EPPO, na sigla em inglês), criado por iniciativa da própria von der Leyen, devido a um conflito óbvio de interesses.