Panorama internacional

Turquia e Síria poderão lançar operação militar de grande escala contra curdos, diz mídia

As forças armadas da Turquia e da Síria vão realizar uma operação militar de grande escala contra os militantes curdos na região se o Ocidente fizer "novas exigências", afirmou o jornal turco Hurriyet.
Sputnik
Os curdos são um povo do Oriente Médio que vive na região etnográfica e histórica do Curdistão, que hoje faz parte de quatro Estados: a Turquia, o Irã, o Iraque e a Síria.
Hoje em dia, devido à guerra civil contínua na Síria, formações das chamadas Forças Democráticas da Síria, que consistem na maioria dos curdos das Unidades de Proteção Popular (YPG, na sigla em curdo), controlam o nordeste da Síria que faz uma grande fronteira com a Turquia.
Por sua vez, do outro lado da fronteira atua o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo), proibido na Turquia, cujo conflito armado com o governo turco começou em 1984 e foi retomado em 2015.
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O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, disse na terça-feira (7) que Ancara deu um ultimato aos militantes curdos na Síria e que, caso eles ignorem os apelos, uma operação militar pode se tornar urgente.

"O presidente turco Recep Tayyip Erdogan advertiu. Se o PKK-YPG não depuser as armas, se continuar a insistir em outra administração na Síria e se os países ocidentais fizerem exigências nesse sentido, uma operação militar em grande escala junto com o Estado sírio será inevitável", escreve o Hurriyet.

O jornal não especificou a quais exigências do Ocidente estava se referindo.
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"Ancara está agora implementando o plano A, mas também um plano B está na mesa", observa a publicação.

No final de novembro e em dezembro de 2024, as formações da então oposição armada na Síria apoiada pela Turquia lançaram uma grande ofensiva contra as posições das tropas governamentais e tomaram o poder no país.
Embora as Forças Democráticas da Síria não tenham se envolvido em hostilidades com as forças do governo sírio sob o ex-presidente Bashar al-Assad, tiveram seu próprio potencial bélico apoiado por uma coalizão internacional liderada pelos EUA.
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