O inquérito da China, iniciado em julho de 2024, depois que a UE começou a examinar os subsídios chineses para a fabricação de veículos elétricos (VEs), concluiu nesta quinta-feira que o bloco europeu fez uma "implementação seletiva" visando uma disputa comercial que se não for resolvida bilateralmente pode acabar resultando em "outras medidas apropriadas".
Pequim e Bruxelas estão em meio a uma disputa comercial em que a UE impôs tarifas de até 45% sobre VEs de fabricação chinesa alegando que os chineses teriam dado vantagens competitivas em forma de subsídios de maneira injusta às suas indústrias.
Segundo a Bloomberg, a China afirmou que a investigação europeia foi enviesada, levando o Ministério do Comércio chinês a entender que "os produtos chineses estão sendo tratados de forma mais desfavorável no processo de exportação para a UE do que produtos de países terceiros".
Ao instituir o Regulamento de Subsídios Estrangeiros, Bruxelas se concedeu o poder de vetar subsídios que considere capazes de distorcer os mercados europeus, o que aos olhos de alguns observadores funciona como uma ferramenta para justificar o protecionismo europeu diante da carência de financiamentos que sua indústria tem enfrentado. Para além disso, os reguladores podem emitir multas, suspender licitações ou bloquear aquisições estatais imediatamente.