"Nos últimos dias, a Dinamarca enviou mensagens privadas à equipe do presidente eleito Trump expressando sua disposição de discutir o aumento da segurança na Groenlândia ou o aumento da presença militar dos EUA na ilha", relata o portal.
O Axios adiciona que o governo da Dinamarca quer convencer Trump de que suas preocupações com a segurança podem ser resolvidas sem reivindicar a Groenlândia para os EUA.
Além disso, as fontes disseram ao Axios que, nessas mensagens, o governo dinamarquês deixou claro para a equipe de Trump que a Groenlândia não estava à venda, mas expressou disposição para discutir quaisquer outros pedidos dos EUA em relação à ilha.
As fontes também acrescentaram que o governo da Dinamarca quer evitar um confronto público com a nova administração dos EUA, pedindo aos membros da equipe de Trump que esclareçam exatamente o que ele quis dizer em suas declarações sobre a Groenlândia.
Um diplomata europeu não identificado sublinhou que a Dinamarca é vista como um dos aliados mais próximos dos EUA na UE, portanto "ninguém pode imaginar" que ela seria o primeiro país com o qual Trump entraria em conflito.
Base aérea de Thule, na Groenlândia
© Getty Images / MARIO TAMA
Anteriormente, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse em 7 de janeiro que a Groenlândia deveria se tornar parte dos Estados Unidos e enfatizou sua importância estratégica para a segurança nacional e para proteger o "mundo livre", inclusive da China e da Rússia. Por sua vez, o primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, disse que a ilha não está à venda e nunca será vendida. Ao mesmo tempo, Trump se recusou a se comprometer a não usar a força militar para estabelecer o controle sobre a Groenlândia.