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Amorim volta a condenar sanções dos EUA contra a Venezuela e defende 'princípio de não ingerência'

O assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, avaliou ao jornal O Globo sobre as relações entre Brasil e Venezuela nesta segunda-feira (13).
Sputnik
Na última sexta-feira (10), o presidente Nicolás Maduro tomou posse para o terceiro mandato à frente do país ao longo dos próximos seis anos. O Brasil foi representado na cerimônia pela embaixadora em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira.
Na reportagem, Amorim voltou a reforçar a posição do governo brasileiro, contrária às sanções dos Estados Unidos contra a Venezuela. "Enquanto houver sanções, fica muito difícil falar em democracia. Isso dificulta qualquer negociação", mencionou Amorim.
Além disso, o assessor especial pontuou que o país mantém o princípio de não ingerência, o que significa evitar interferir na situação do país. O Brasil ainda não reconheceu a vitória de Maduro nem acatou os argumentos da oposição, que afirma ter derrotado o presidente com a candidatura do opositor Edmundo González.
"Continuaremos acompanhando a situação na Venezuela, mas sem ingerência, o que não quer dizer que não se pode ter opinião", acrescentou.
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Defesa do diálogo entre Brasil e Venezuela

Em novembro, Mauro Vieira declarou que, apesar do incidente diplomático que envolveu os dois Estados, o Brasil deve continuar a ter diálogo com a Venezuela. Na época, o embaixador venezuelano no Brasil, Manuel Vadell, chegou a ser chamado para prestar esclarecimentos ao governo de Nicolás Maduro quanto à posição do país nas eleições.

"Pelo contrário, diálogo e negociação, e não isolamento, são a chave para a construção de qualquer solução pacífica e duradoura na Venezuela", disse, acrescentando que a crise política venezuelana não deve ser resolvida com sanções e isolamento por parte de outros países.

"A solução precisa ser construída pelos próprios venezuelanos, e não imposta de fora com mais sanções e isolamentos. Isso nós já vimos que não funciona. Não podemos cometer os erros que cometemos na época da autoproclamação de Juan Guaidó como presidente, em 2018."
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