Panorama internacional

Forças Armadas da Venezuela recusam pedido de intervenção militar do ex-presidente colombiano Uribe

As Forças Armadas da Venezuela rejeitaram nesta segunda-feira (13) o pedido feito pelo ex-presidente colombiano Álvaro Uribe (2002-2010) de apoiar uma intervenção militar internacional contra o país caribenho. Uribe apoia o opositor Edmundo González, que foi derrotado nas urnas pelo presidente Nicolás Maduro.
Sputnik

"Em estrito cumprimento às funções que lhe são atribuídas constitucionalmente, de garantir a independência e a soberania da nação e assegurar a integridade do espaço geográfico, manifesta seu mais firme e categórico repúdio às pérfidas declarações de Álvaro Uribe Vélez, nas quais o covarde personagem, aliado do narco-paramilitarismo colombiano, ousou pedir uma intervenção militar internacional para derrubar o governo legítimo do cidadão Nicolás Maduro Moros", afirma o comunicado divulgado pelo Exército.

Durante visita à fronteira entre Colômbia e Venezuela, Uribe solicitou uma intervenção internacional, avalizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), para "remover esses tiranos do poder e convocar imediatamente eleições livres".
Sobre as declarações, a instituição militar considerou que convocar uma guerra na América Latina é um ato "aberrante".
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"Promover a guerra na América Latina, que há séculos não sofre as atrocidades de um conflito bélico e foi declarada zona de paz, é um ato de insana aberração que só pode ocorrer a uma mente maligna, desprovida de princípios ético-morais", destaca o texto.

Além disso, as Forças Armadas afirmaram que não hesitarão em enfrentar, combater e neutralizar qualquer ameaça ou corpo armado para preservar a paz e a integridade do território nacional.
No último sábado (11), Maduro classificou Uribe como "narcotraficante, assassino e covarde" após o pedido de intervenção contra a Venezuela.
A solicitação do ex-presidente colombiano foi feita um dia após Maduro assumir o cargo para um terceiro mandato consecutivo, em meio à tensão causada pela possibilidade de o ex-candidato opositor Edmundo González retornar à Venezuela para se autoproclamar chefe de Estado, como havia prometido.
A Venezuela realizou eleições em 28 de julho, nas quais Maduro obteve 51,95% dos votos, seguido pelo opositor Edmundo González, com 43,18%, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Já a oposição divulgou supostas atas que indicariam a vitória de González na disputa.
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