"Temos um acordo para reféns no Oriente Médio. Eles serão libertados em breve", escreveu Trump na rede social Truth Social.
Trump acrescentou que sua administração continuará a promover a ideia de "paz através da força" no Oriente Médio e a expandir os Acordos de Abraão, iniciativa de paz lançada em 2020 pela gestão Trump e continuada pelo governo do presidente americano, Joe Biden. O pacto visa normalizar as relações entre Israel e os países árabes e contou com a adesão de Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos.
"Continuaremos a promover a paz através da força na região, enquanto aproveitamos a oportunidade após esse cessar-fogo para expandir ainda mais os históricos Acordos de Abraão", escreveu Trump.
Ele afirmou que sua equipe de segurança, por meio de seu enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, continuará a trabalhar para que o Oriente Médio "nunca mais se torne um porto seguro para terroristas".
Segundo Trump, o acordo só foi possível de acontecer graças à sua vitória nas eleições presidenciais. Semanas antes, ele havia afirmado que os responsáveis pela tomada de reféns no Oriente Médio pagariam um "preço infernal" se os capturados não fossem libertados antes de ele assumir oficialmente o cargo, em 20 de janeiro.
O republicano frisou que os responsáveis por esses crimes contra a humanidade seriam punidos mais do que qualquer pessoa na história americana.
Anteriormente, o canal de TV Al Jazeera informou que o movimento palestino deu consentimento aos mediadores para concluir um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza e a troca de prisioneiros.
A notícia também foi veiculada pela emissora israelense Kan, citando fontes norte-americanas, israelenses e árabes envolvidas na negociação, que confirmaram a informação em condição de anomimato.
"A crise nas negociações foi resolvida", disse a autoridade israelense à emissora.
O Hamas, por sua vez, divulgou um comunicado pedindo que os palestinos não retornem imediatamente às suas casas e aguardem até que os termos do acordo sejam totalmente definidos e colocados em prática, uma vez que ainda há alguns pontos em discussão.
O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também apontou que há pendências a serem resolvidas.
"Vários pontos não resolvidos permanecem no acordo, e esperamos que os detalhes sejam acordados esta noite", disse o gabinete em comunicado.
O acordo de cessar-fogo é assinado após meses de negociação em Doha, mediada pelo Catar e com participação dos EUA, principal aliado de Israel. Biden e Trump vinham disputando a posição de responsável pelo acordo. O atual presidente dos EUA vinha atuando para acelerar a assinatura antes do fim de seu mandato, enquanto Trump credita o pacto à sua postura incisiva contra o Hamas.