"O presidente confirmou que a data de 1º de fevereiro para [as tarifas comerciais em relação ao] Canadá e México permanece em vigor", destacou Leavitt, acrescentando que medidas semelhantes estão sendo consideradas contra a China.
Segundo a secretária, Trump chegou a discutir o assunto com sua equipe ao longo do fim de semana, enfatizando que a imposição de tarifas de importação de até 25% tem o objetivo de proteger os produtores norte-americanos e fortalecer a economia nacional.
Desde a campanha, o presidente republicano tem feito ameaças contra os dois países e chegou a sugerir que o Canadá se torne o 51º estado norte-americano, o que gerou reações.
Na última semana, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, também ameaçou impor novas taxas à produção norte-americana que chega ao país. "Como fizemos da última vez, estamos prontos para responder com tarifas, se necessário", disse.
GM pode transferir produção do México para os EUA
Em relação ao México, a montadora General Motors chegou a ameaçar também nesta terça retirar a produção do país caso Trump cumpra a promessa, segundo declaração da CEO da empresa, Mary Teresa Barra.
"Existem medidas que podemos adotar para minimizar o impacto caso as tarifas sejam impostas ao Canadá ou ao México […]. Estamos realizando o planejamento e temos estratégias que podemos implementar", afirmou.
Barra enfatizou ainda que a empresa planeja transferir para os EUA uma parte da produção de caminhonetes fabricadas nos dois países parceiros da América do Norte.
"Estamos encorajados pelo fato de a presidente Claudia Sheinbaum ter indicado que estão trabalhando e mantendo diálogos para tomar as medidas necessárias solicitadas pela administração Trump, especificamente em relação à imigração e outros temas, para evitar as tarifas", comentou Barra.
Só em 2023, a GM produziu mais de 720 mil veículos no México e exportou quase toda a produção.
No ano passado, o volume chegou a mais de US$ 600 bilhões (R$ 3,5 trilhões), o que faz do setor o principal motor econômico do país.