Em entrevista ao jornalista Pavel Zarubin, o presidente russo expressou a opinião de que os antigos líderes europeus, ao contrário dos atuais, tinham a coragem de "lutar por suas opiniões, expressá-las e tentar, pelo menos, realizá-las".
Entre eles Putin nomeou três presidentes da França:
Charles de Gaulle, o líder da resistência francesa durante a Segunda Guerra Mundial e presidente francês no momento mais difícil da Guerra Fria (1959-1969);
François Mitterrand (1981-1995), cuja presidência foi marcada pelo fim do mundo bipolar e pela transição para um mundo unipolar;
Seu sucessor, Jacques Chirac (1995-2007).
E os líderes da Alemanha Ocidental (até 1990) e da República Federal da Alemanha:
Willy Brandt (1969-1974);
Helmut Kohl (1982-1998);
Gerhard Schroeder (1998-2005).
"Hoje em dia, praticamente não existem pessoas assim. Às vezes, você fica até surpreso ao ver o que está acontecendo", disse Putin.
O presidente russo ressaltou que os atuais líderes europeus "não têm formação" e estão na profissão errada, chamando-os de "anões políticos".
Segundo Putin, quando surgem "várias alternativas" no cenário político europeu, os atuais governos tentam proibi-las.
Putin explicou que o problema nas relações entre as lideranças europeias e norte-americana é que o ex-presidente dos EUA, Joe Biden, estava mais próximo dos europeus no que se refere à mentalidade.
Por isso, ficaram surpresos quando Trump chegou ao poder.
"Eu lhe garanto, Trump, com seu caráter, com sua persistência, colocará as coisas em ordem rapidamente. E todos eles, você verá – isso acontecerá em breve – todos eles ficarão aos pés do dono abanando gentilmente a cauda. Tudo se encaixará no lugar", afirmou Putin.
Ao comentar a questão de a Rússia não ter sido convidada para o 80º aniversário da libertação do campo de concentração nazista de Auschwitz, que foi libertado pelo Exército soviético em 1945, Putin disse que é "uma vergonha", levando em conta que certas pessoas que glorificam os criminosos de guerra nazistas participaram do evento.
Ao mesmo tempo, o presidente russo enfatizou que a sociedade alemã de hoje não tem nada a ver com a chegada de Hitler ao poder e o início da Segunda Guerra Mundial.