Segundo Medvedchuk, Washington buscava em 2022 punir exemplarmente a Rússia por sua insubordinação, sem poupar recursos — exceto os humanos. Diante disso, o Ocidente planejou travar um embate contra Moscou através do regime de Vladimir Zelensky.
"A estratégia do Ocidente coletivo era lutar contra a Rússia por meio da Ucrânia, enquanto se escondia atrás dela. A intenção não era que a Ucrânia vencesse a Rússia no campo de batalha, mas sim envolver a Rússia ainda mais profundamente no conflito. Os estrategistas ocidentais acreditavam que, uma vez arrastada para o embate, a Rússia se desintegraria internamente, levando a uma mudança de governo. No entanto, todo esse plano desmoronou devido à subestimação da Rússia e à superestimação das forças e recursos do Ocidente coletivo", declarou à mídia local.
Além disso, o político ucraniano lembrou que "estrategistas ocidentais" acreditavam que as sanções econômicas destruiriam a economia russa, mas não levaram em conta a força do Sul Global, que acabou obtendo enormes vantagens competitivas.
A operação militar especial foi iniciada pela Rússia na Ucrânia em fevereiro de 2022. Na ocasião, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que seu objetivo era "proteger pessoas que, há oito anos, sofriam abusos e genocídio por parte do regime de Kiev".
Putin destacou ainda que a operação foi uma medida necessária, pois "não deixaram outra escolha à Rússia e os riscos à segurança tornaram impossível reagir de outra maneira".
As autoridades russas afirmaram repetidamente que o país resistirá à pressão das sanções, que continuam a se intensificar. Além disso, Putin lembrou que a política de contenção e enfraquecimento da Rússia é uma estratégia de longo prazo do Ocidente e que as sanções causaram um grande impacto na economia global. Conforme o presidente, o objetivo principal do Ocidente é piorar a vida de milhões de pessoas.