Nesta semana, Trump disse que os EUA "assumiriam o controle" da Faixa de Gaza e seriam responsáveis por reconstruir a região e transformá-la em uma "Riviera do Oriente Médio" para o mundo.
"Esperamos que essas palavras não sejam sérias. Temos lutado contra a ocupação israelense por muitos anos e, naturalmente, não permitiremos outra ocupação. Consideramos as declarações de Trump injustas e insultantes para nosso povo e não permitiremos que as forças de Trump entrem em Gaza sob nenhuma circunstância", afirmou Abu Zuhri.
Apenas em 19 de janeiro, entrou em vigor um cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza após mais de um ano de hostilidades que causaram a morte de 46.000 palestinos e cerca de 1.500 israelenses, se espalharam para o Líbano e Iêmen e provocaram uma troca de ataques com mísseis entre Israel e o Irã.
Abu Zuhri também disse que o Hamas sugere criar uma aliança para enfrentar as ações de Trump e frustrar as tentativas dele de atacar e controlar Gaza.
"Essa aliança deve transmitir a Trump a mensagem de que os povos dessa região não são propriedade e que, se ele quiser proteger os interesses americanos, deve respeitar sua soberania e seus direitos", explicou.
Em suas declarações, Trump chamou Gaza de "local para demolição" e sugeriu que os palestinos não têm escolha, acrescentando que gostaria de ver a Jordânia e o Egito receberem os palestinos da Faixa de Gaza.