Panorama internacional

UE cava a própria cova econômica ao planejar sanções contra empresas chinesas, diz senador russo

A União Europeia (UE) está cavando sua própria "sepultura econômica" ao planejar sanções contra empresas chinesas, afirmou o senador russo Aleksei Pushkov neste sábado (8).
Sputnik
"A UE continua entusiasmada em destruir sua própria economia. Os países do bloco já perderam o mercado russo, o gás natural via gasoduto, nosso petróleo e investimentos na Rússia. Agora, com uma guerra comercial com [o presidente dos EUA, Donald] Trump no horizonte, que prejudicará ainda mais a economia da zona do euro, a UE também inicia uma guerra de sanções contra seu maior parceiro comercial, a China", declarou o político, referindo-se a reportagens sobre possíveis sanções contra 25 empresas chinesas.
Segundo o senador, diante dessa política, a previsão do primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, de que a UE pode estar se aproximando do seu fim, "já não parece exagerada".

China e as ameaças do governo Trump

Enquanto a União Europeia ameaça empresas chinesas com sanções, os Estados Unidos já anunciaram uma tarifa adicional de 10% sobre produtos importados da China. O especialista argentino em Negócios Internacionais, Marcelo Robba, destacou à Sputnik nesta semana que as medidas ameaçadas por Trump podem ter um impacto diferente do esperado pelo governo dos EUA.
"A história mostra que todas as medidas de Trump visando sancionar, impor tarifas ou se distanciar dos espaços multilaterais fazem com que os países sancionados sintam a necessidade de se aproximar da China", explicou o especialista.
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Robba explicou que esse fenômeno já ocorreu durante o primeiro mandato de Donald Trump, quando países afetados por medidas protecionistas recorreram à China para substituir o mercado norte-americano. O especialita também mencionou que a Rússia aumentou seu comércio com a China após as sanções dos EUA devido ao conflito na Ucrânia.
À medida que os países sancionados se afastam do mercado dos EUA, a China está aproveitando a situação. Pequim impôs tarifas zero ao comércio com vários países africanos em 2024 e está disposta a reduzir tarifas com todos os países latino-americanos.
Atualmente, quatro países latino-americanos têm um Acordo de Livre Comércio com a China, que se tornou o maior parceiro comercial da maioria dos países da região, superando os EUA. No entanto, Robba destacou a dificuldade de assinar acordos de livre comércio com potências como Brasil ou Argentina.
Robba afirmou que, diante de um governo Trump com políticas comerciais disruptivas, tanto o mercado chinês quanto o BRICS parecem ser parceiros mais seguros para os países latino-americanos. Méndez acrescentou que o BRICS deve coordenar-se com economias emergentes para desenvolver tratados comerciais mais justos, considerando as dificuldades produtivas da região.
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