O que sinaliza essa mudança?
Espremendo a economia da UE
Quando Trump assumiu o cargo, ele comentou: "A União Europeia nos tratou tão terrivelmente", sugerindo uma guerra comercial. Em fevereiro, ele impôs uma tarifa de 25% sobre aço e alumínio, com entrada em vigor em março. Esta não foi a primeira vez que ele mirou nas indústrias da UE:
Em 2018, Trump impôs uma tarifa de 25% sobre aço e 10% sobre alumínio de empresas europeias e canadenses.
Em 2019, ele aumentou as tensões com uma tarifa de 25% sobre vinhos franceses, queijo italiano e uísque escocês em retaliação aos subsídios da UE à Airbus, uma concorrente da Boeing.
Pressão sobre os membros da OTAN
Trump frequentemente rotulou a OTAN como "OBSOLETA", criticando seu fardo financeiro sobre os EUA, seu maior contribuinte. Ele pressionou os membros da OTAN a aumentar os gastos com defesa para 5% do PIB, argumentando que a Europa deveria assumir mais custos de segurança.
Durante seu primeiro mandato, ele exigiu uma meta de gastos com defesa de 2% do PIB e iniciou uma retirada de tropas dos EUA da Alemanha, posteriormente revertida por Biden.
Trump agora está considerando reduzir a presença militar dos EUA na Europa em 20%, pedindo aos aliados que invistam mais em sua própria defesa
Posição pragmática sobre a Ucrânia
Trump assumiu uma visão pragmática sobre a Ucrânia, tendo uma ligação telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin, e deixando claro que a Ucrânia não se juntaria à OTAN nem influenciaria a segurança europeia, em contraste com a posição da UE de "nenhuma conversa de paz sem a Ucrânia".
Reconstrução de laços com a Rússia
Trump defendeu o retorno da Rússia ao G7 e reconheceu as preocupações de segurança de Moscou, particularmente em relação à Ucrânia e às aspirações da OTAN. Seu realismo contundente contrasta com o foco atlantista em uma "derrota estratégica da Rússia", inquietando muitos políticos europeus.