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Em Itaguaí, Lula afirma ter ouvido de médicos que está com 'saúde de 30 e vontade política de 20'

Na cerimônia de concessão do Terminal ITG02 do porto de Itaguaí, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre seu estado de saúde após uma bateria de exames realizada ontem (20) e demonstrou que poderá concorrer à reeleição em 2026.
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Durante sua fala, o presidente recordou o acidente doméstico sofrido em setembro, que culminou com um hematoma na cabeça. Ele ressaltou as complicações que apareceram após a queda, incluindo a necessidade de uma cirurgia para drenar um excesso de líquido no cérebro.

"Ontem eu fui fazer um check-up. Cinco horas e meia dentro do hospital. Fiz tudo o que um ser humano tem que fazer. E, sinceramente, quando eu terminei os exames, onze e meia da noite, os médicos falaram: 'Lulinha, você tem 70, com saúde de 30 e com vontade política de 20'."

O presidente enfatizou que pretende continuar trabalhando para o país crescer e que, a partir de agora, quem quiser disputar com ele terá que ir para as ruas. "Tem que me enfrentar na rua, na porta de fábricas, na porta de estaleiros, na porta da Petrobras."

"Se alguém pensava que eu ia parar de fazer política por causa da cabeça, eu quero lhe dizer: se prepare, que Lulinha está melhor aos 79 do que quando tinha 50", afirmou o chefe do Executivo.

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Porto de Itaguaí vai gerar quase 3 mil empregos durante período de obras

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que a perspectiva é de geração de cerca de 2,8 mil empregos diretos durante o período de obras, além de "mais 2 mil empregos" quando a obra estiver pronta.
O Terminal ITG02 foi arrematado por R$ 3,6 bilhões pela Cedro Participações S.A., em leilão realizado em dezembro. Segundo o ministro, esse é o maior valor já obtido em leilões do setor portuário.
Costa Filho também afirmou que ao longo dos próximos anos os investimentos podem alcançar os R$ 10 bilhões.
A expectativa é que o porto, referência na exportação de minério de ferro, tenha capacidade de movimentar 20 milhões de toneladas por ano de minerais sólidos e possa impulsionar a produção portuária em um terço.
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Além disso, o ministro anunciou, com o presidente Lula, a utilização dos recursos de 2024 e 2025 do Fundo da Marinha Mercante (FMM), destinados ao financiamento e desenvolvimento da indústria de construção naval. Os contratos já firmados com o fundo, segundo o ministro, totalizam R$ 5,49 bilhões.

Marinho diz que alta nos preços dos alimentos é 'pontual' e 'vai passar'

Também presente no evento, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, apontou que em 2003, quando Lula assumiu o governo pela primeira vez, "a indústria naval era cemitério de estaleiros".
Marinho então afirmou que a missão do presidente parece ser "recuperar segmentos da economia". Segundo ele, de 2003 a 2014 houve um processo de crescimento na área, que desacelerou após o período e voltou a vigorar com a volta de Lula.
O ministro também aproveitou para falar sobre o momento da economia brasileira, a qual descreveu como sólida e em crescimento.

"Quem lê a grande imprensa, a grande mídia, parece que o Brasil está numa situação que está se dissolvendo. Parece que o Brasil não tem reserva para garantir os seus compromissos. Parece que nós estamos num problema trágico da economia brasileira. E, muito pelo contrário, o Brasil está sólido, controlando a inflação, crescendo renda, crescendo emprego."

Por outro lado, Marinho considerou "pontual" o momento do preço dos alimentos, afirmando ter certeza absoluta de que "isso vai mudar".
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O presidente Lula, por sua vez, ressaltou o crescimento da economia brasileira nos últimos anos e afirmou que quer "dinheiro circulando no meio do povo".

"O pobre é que faz a economia crescer. Quando ele tem um pouco de recurso, ele não deposita no banco. Ele vai comprar coisa, vai comprar uma boa comida."

Na mesma esteira, Lula defendeu programas sociais, entre eles o Pé-de-Meia.
"Começamos a fazer isso porque nós descobrimos que meio milhão de meninos e meninas desistiram do ensino médio porque tinham que ajudar a família no orçamento familiar, porque tinham que trabalhar para comer", disse.
Segundo ele, o governo não quer que adolescentes desistam de estudar para ter que trabalhar para comer.

"O Estado brasileiro vai ter que cuidar, porque se a gente não cuidar agora, na escola, a gente vai ter que cuidar na cadeia depois", completou.

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