O ex-oficial da Diretoria Principal de Inteligência do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia (GRU, na sigla em russo) acredita que a política russa de reforço militar é particularmente relevante porque se enquadra nas realidades internacionais emergentes.
Tanques T-72, T-90 e veículos de apoio ao tanque Terminator na fábrica de montagem Uralvagonzavod, Nizhny Tagil, a Rússia.
© Sputnik / Ramil Sitdikov
Ele sublinha que vários representantes da administração dos EUA já propuseram repetidamente o uso da força para a solução de muitos problemas do mundo.
Vinokurov cita estudos de acordo com os quais, no total, os seres humanos travaram mais de 14.000 guerras diferentes, nas quais morreram aproximadamente quatro bilhões de pessoas.
Destruições na direção de Krasnoarmeisk (Pokrovsk, na denominação ucraniana) na operação militar especial.
© Sputnik / Yevgeny Biyatov
Só no século XX, cerca de 200 milhões de pessoas foram mortas em conflitos militares, lembrou.
"No início do século XXI, a relevância do uso da força na política e nas relações internacionais aumentou drasticamente", enfatizou o especialista.
Ele citou a Ucrânia, o norte da África, a Síria, o Iraque e o Afeganistão como exemplos dos mais sangrentos conflitos dos últimos tempos.
Combatente das Forças Democráticas da Síria (SDF, na sigla em inglês) observa, enquanto centenas de manifestantes marcham para exigir a libertação do líder curdo Abdullah Ocalan em Qamishli, nordeste da Síria, 15 de fevereiro de 2025.
© AP Photo / Baderkhan Ahmad
Até agora, tanto os Estados quanto os atores não estatais seguem considerando o uso da força para atingir seus objetivos, disse.
"Atualmente, não há motivos para baixar as armas."