Panorama internacional

Rússia insiste em solução para o conflito ucraniano que inclua eliminação de suas principais causas

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, mais uma vez pediu uma solução para a crise ucraniana que elimine as causas básicas do problema.
Sputnik

"Há uma necessidade urgente de encontrar uma solução duradoura, que por sua vez inclua a eliminação obrigatória das causas básicas do que está acontecendo na Ucrânia e em todo o país", disse o vice-ministro à Sputnik.

As razões para o conflito ucraniano, disse ele, foram a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o golpe de Estado na Ucrânia e a recusa do grupo ocidental em cumprir os Acordos de Minsk. As tarefas em questão, enfatizou ele, são deter o expansionismo da Aliança Atlântica e restaurar "os direitos da população de língua russa na Ucrânia que foram literalmente pisoteados".
"Sem isso não haverá solução duradoura", enfatizou Ryabkov, que insistiu que as razões para o início da operação militar russa eram óbvias e que "não poderiam ter sido evitadas".

"Não tivemos outra escolha porque as causas raízes da crise se desenvolveram em grande parte como resultado da política destrutiva que Washington e capitais europeias vêm perseguindo há décadas no Leste Europeu e na Ucrânia. Tudo isso levou a esta crise", disse ele.

Hoje, ele disse, "podemos ver a intenção dos norte-americanos de avançar em direção a um cessar-fogo rápido.

"Mas, como foi enfatizado na reunião em Riad e antes, um cessar-fogo sem uma solução duradoura é um caminho que levará a uma retomada antecipada das hostilidades e a uma retomada do conflito com consequências mais sérias, inclusive para as relações russo-americanas. Queremos evitar isso", enfatizou.

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Um cessar-fogo, para Ryabkov, não é uma solução e a Rússia tem outras propostas, como o presidente Vladimir Putin declarou de forma inequívoca e foi reiterado com absoluta clareza pela delegação russa na recente reunião com os Estados Unidos na Arábia Saudita.
No dia 18 de fevereiro, delegações oficiais da Rússia e dos Estados Unidos se reuniram pela primeira vez na Arábia Saudita para buscar a normalização das relações entre as duas grandes potências, organizar a primeira cúpula entre o presidente russo Vladimir Putin e seu homólogo norte-americano Donald Trump e facilitar possíveis negociações para resolver o conflito ucraniano.
As duas potências concordaram em criar um clima favorável para a retomada total da cooperação bilateral em diversas áreas de interesse comum, bem como remover barreiras artificiais que afetam o funcionamento de suas embaixadas e outras instituições diplomáticas, e formar um grupo de trabalho de alto nível para começar a resolver a crise ucraniana.
O encontro na Arábia Saudita ocorreu quase uma semana depois de Putin e Trump terem tido sua primeira conversa telefônica, na qual discutiram a Ucrânia, o Oriente Médio, a troca de prisioneiros, o programa nuclear do Irã e o estado das relações entre Washington e Moscou.
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